Bolsonaro tenta se transformar em Lula

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Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Com a popularidade impulsionada pelo auxílio emergencial de R$ 600, o presidente Jair Bolsonaro lança uma nova investida na área social com um pacote voltado aos mais vulneráveis. A iniciativa representa uma tentativa de imprimir sua marca entre o eleitorado de baixa renda, mas em grande parte usa como base programas criados na era Lula que serão expandidos e receberão novos nomes.

Carro-chefe do pacote, o Renda Brasil engloba um conjunto de ações para substituir o Bolsa Família (programa de transferência de renda criado em 2003). O governo quer diferenciar as iniciativas criando prêmios de meritocracia para bons alunos e jovens esportistas.

Técnicos do governo conceberam o Renda Brasil usando quatro grupos de medidas. Um deles é o Primeira infância (que reuniria ideias de um auxílio a famílias com crianças de 0 a 2 anos e o programa Criança Feliz, criado no governo Temer para atender crianças e gestantes).

Um segundo eixo é o Renda Cidadã (que seria próximo ao que hoje é o Bolsa Família em si, com as condicionalidades de matrícula escolar e vacinas em dia).

Os eixos restantes são os prêmios por mérito ao aluno (para quem faz esporte, iniciação científica ou tem bom desempenho escolar) e Emancipação (a ser ligado a medidas de emprego, como o novo Carteira Verde e Amarela, com regras trabalhistas flexíveis).

Redação com Folha