Bretas pode ter prendido secretário de Doria por razão política

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Lideranças de diversos partidos viram na prisão de Alexandre Baldy outra ação midiática de Marcelo Bretas para esculachar a política e os políticos, a exemplo do que o juiz já havia feito com Michel Temer. O entorno do ex-presidente e os amigos do secretário dos Transportes Metropolitanos apontam a plausível motivação: Bretas explicitou sua “candidatura” ao STF. O juiz da Lava Jato do Rio é “terrivelmente evangélico”, se identifica com Jair Bolsonaro e, agora, manda prender um secretário de João Doria e muito próximo de Rodrigo Maia.

O incômodo do mundo político: a detenção temporária foi um exagero e um constrangimento desnecessário porque os fatos investigados são antigos, e Baldy tem endereço fixo, família, emprego, etc.

Ao sair da cadeia, Baldy será aconselhado por interlocutores a reagir no estilo Michel Temer (de quem ele foi ministro): ir para o embate político.

Amigos de Baldy comemoram ao menos o fato de que a família dele não estava em casa no momento da operação.

O uso das vagas no Supremo feito por Bolsonaro ainda deve motivar outras interferências de magistrados e promotores no mundo da política, avaliam líderes experientes.

Foi na casa de Baldy, em Brasília, o jantar mais concorrido às vésperas da eleição para a presidência da Câmara, em fevereiro do ano passado.

Estadão