Cercadinho do Alvorada sai de cartaz

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Foto: SERGIO LIMA / AFP

A ameaça feita ontem por Jair Bolsonaro a um jornalista do GLOBO, ao ser perguntado sobre cheques de Queiroz a Michelle, despertou o receio, entre aliados do presidente, de que ele volte a dar declarações no “cercadinho” do Palácio do Alvorada. O local, que costumava ser usado para falar com a imprensa e apoiadores, é visto por integrantes do governo como uma “fábrica de crises”.

Bolsonaro tem dito a aliados que sente falta do corpo a corpo diário com populares no Alvorada. Segundo auxiliares do presidente, ele tem sanado o “problema” com as viagens semanais que passou a fazer pelo país e deve permanecer assim.

Para integrantes do governo, o episódio de ontem, que não aconteceu no cercadinho, mas em uma visita de Bolsonaro à Catedral de Brasília, só reforça a ideia de que o uso do espaço em frente ao Palácio da Alvorada deve permanecer suspenso.

Desde a prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, Bolsonaro parou de dar declarações no local. Foi lá que o presidente já fez sinal de uma “banana” e mandou jornalistas “calarem a boca”. Também foi no cercadinho que Bolsonaro fez um ataque homofóbico a um repórter de O GLOBO, dizendo que ele tinha “uma cara de homossexual terrível” e insultou uma jornalista da Folha de S. Paulo, afirmando que “ela queria dar o furo a qualquer preço”.

O Globo