Confira primeira imagem do estuprador

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Foto: Caio Guatelli/VEJA

O homem de 33 anos suspeito de estuprar e engravidar a sobrinha de 10 anos de idade em São Mateus (ES) chegou à delegacia de Vitória (ES) na tarde desta terça-feira, 18, após ter sido capturado a 550 km de distância, em Betim (MG).

A operação para prendê-lo envolveu dias de monitoramento por parte da Polícia Civil. Viajando de ônibus, o homem chegou a passar por ao menos quatro cidades do interior dos estados do Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais. Por fim, a polícia o encurralou na região metropolitana de Belo Horizonte, onde ele acabou se entregando, sem resistência.

No caminho para Vitória, ele teria assumido informalmente o crime aos policiais,, segundo o delegado Ícaro Ruginski. A criança, que foi submetida a um aborto legal em Recife no domingo, após autorização judicial, estava grávida há cinco meses e disse que era estuprada pelo tio desde os seis anos de idade.

Antes de se entregar, o suspeito gravou vídeos – e pediu aos amigos que divulgassem nas redes sociais – nos quais acusa outros membros da família de terem estuprado a menina. A polícia, que desconfia dessa versão, está ouvindo o depoimento dele no final desta tarde no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no centro de Vitória.

À polícia, ele disse que decidiu se entregar porque estava temendo por sua integridade física. O homem realizou dois exames na Polícia Civil – um de corpo delito, para verificar se ele foi agredido durante a prisão, e outro para recolher material para o exame de DNA, que vai apontar se ele é o pai do feto retirado da menina.

Depois do depoimento, ele deve ser encaminhado ao Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha, reservado a acusados de estupro. Ele chegou à delegacia de capuz e máscara e ficou de cabeça baixa o tempo todo. A reportagem perguntou se ele gostaria de falar sobre o caso, mas ele se recusou a responder.

O secretário de Segurança Pública do Estado do Espírito Santo, Alexandre Ramalho, elogiou a operação da Polícia Civil e destacou que o acusado foi preso e condenado por tráfico de drogas e porte ilegal de armas em 2011. Ele ganhou direito à chamada “saidinha de fim de ano” e não voltou mais – foi preso novamente em 2015 e permaneceu assim até 2018, quando recebeu um alvará de soltura.

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