Delatores dizem que nunca encontraram Wassef

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Os delatores da J&F, controladora da JBS, responderão à Procuradoria-Geral da República (PGR) que não contrataram o advogado Frederick Wassef para atuar na repactuação de sua delação premiada ou de qualquer tema envolvendo seus acordos. Ontem, a PGR deu dez dias para que os colaboradores da empresa esclareçam o pagamento de R$ 9,8 milhões a Wassef, que também atuou como advogado da família Bolsonaro. Os pagamentos aconteceram entre 2015 e 2020.

O relatório deve ser assinado pelo advogado André Callegari, que defende o empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo. No documento, o criminalista responderá à PGR que não existe procuração ou substabelecimento que autorize Frederick Wassef a atuar em nome de Joesley. A resposta será a mesma em relação aos demais delatores, como o irmão de Joesley, Wesley Batista, e os ex-diretores do grupo Ricardo Saud e Francisco de Assis. A resposta da pessoa jurídica da JBS, porém, será feita separadamente a essa.

O relatório do Coaf que cita pagamentos da JBS ao escritório de Wassef diz que o advogado teria sido contratado “para fazer a defesa de seu diretor jurídico e dos proprietários Joesley e Wesley Batista junto ao Supremo Tribunal Federal, após o envolvimento da empresa na Operação Lava Jato”.

O Globo