Em plena pandemia Fiocruz vai gastar R$ 700 mil em festas

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Foto: Econt/Wikimedia Commons

A pandemia já tirou a vida de mais de 90.000 brasileiros e jogou as finanças públicas num buraco histórico, mas nada disso impede que órgãos estatais continuem a gastar como se o mundo não tivesse mudado.

Veja o caso da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Desde que essa crise começou a instituição recebeu milhões de reais em doações de empresas para implementar ações de combate ao coronavírus.

Na semana passada, porém, a fundação colocou na rua um edital para gastar 700.000 reais em “material para festividades e homenagens”, que inclui bolsas, pastas e até squeezes, essas garrafinhas de carregar água.

A lista de compras da Fiocruz inclui 9.300 unidades do “broche castelinho”, referência ao estilo do prédio do órgão no Rio, em forma de castelo, por 24.000 reais. Inclui ainda 13.800 squeezes de plástico, a 52.000 reais. O item mais caro, no entanto, são 29.700 bolsas do tipo ecobag de lona, a um custo de 324.000 reais.

A justificativa da Fiocruz para a gastança, conforme está escrito no edital, é a seguinte: “Considerados uma ferramenta de comunicação, os eventos contribuem para aumentar o nível de compreensão da sociedade, ou de grupos específicos selecionados, sobre as políticas públicas e temas específicos em destaque”.

O edital da Fiocruz diz ainda que: “Os eventos contribuem, igualmente, para informar e mobilizar públicos segmentados a respeito de um produto, serviço ou ideia. Caracterizados, para esta finalidade, como encontros ‘dialogais’, ‘expositivos’, ‘cerimoniais’ ou ‘competitivos’ e voltados ora para o público ‘externo’ ora para o público ‘interno’, os eventos são realizados de forma sistemática para favorecer o acesso às informações produzidas nesta instituição já centenária”.

O leitor pode tirar suas conclusões.

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