Fachin continua teleguiado pela Lava Jato

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Foto: Rosinei Coutinho/STF

Nos cálculos dos defensores da Lava-Jato no Congresso, a operação começou nesta segunda a virar o jogo contra a ofensiva de Augusto Aras, na PGR, para obter os dados sigilosos das investigações da força-tarefa.

“Há uma reação contra as estocadas ao trabalho da Lava-Jato. A decisão do ministro Fachin recoloca o trem nos trilhos e pode ser um freio de arrumação no caso”, diz o senador Alvaro Dias.

Tanto entre os defensores da operação no Parlamento quanto entre ministros da Corte, a avaliação é a mesma. Com o Supremo já em ritmo de mudança de gestão — o ministro Luiz Fux assume em 10 de setembro –, é provável que temas mais polêmicos, como a queda de braço entre o atual presidente, Dias Toffoli, e Edson Fachin, relator da Lava-Jato na Corte, fique por isso mesmo.

Toffoli, como chefe do plantão judiciário, mandou a Lava-Jato abrir seus dados ao time de Aras. Já Fachin, ao retornar, mandou parar tudo. O clima pesou, mas ministros da Corte, num esforço para reduzir a fervura, correram para dizem que a divergência de decisões seria “normal”, coisa que acontece em quase todo recesso.

A questão envolvendo a Lava-Jato, no entanto, move paixões dentro e fora da Corte. O caminho, segundo ministros, será “mudar de assunto”. Com tantos temas importantes para tratar em tão pouco tempo de gestão, Toffoli tende a dar prioridade para a pauta propositiva antes de deixar a presidência no mês que vem.

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