Flordelis planejou assassinato por 3 anos

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução

O chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP) do Rio de Janeiro, delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, disse hoje em entrevista à Rádio Bandeirantes que a deputada federal Flordelis planejou o assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, por pelo menos “dois ou três anos”.

“Não temos dúvidas em indicar que a parlamentar participou ativamente da morte. O pastor Anderson morreu com 30 tiros em sua residência, e ela é mentora dessa execução. O grupo que foi preso, com exceção dela, planejou e tentou por outras oportunidades ceifar a vida da vítima, com a motivação de ele exercer ‘com mão de ferro’ o controle financeiro da família.”

“É estarrecedor que uma parlamentar que se elegeu pregando o bem, a adoção de crianças e falando em nome de Deus cometa um crime hediondo com requintes de crueldade (…). Esse plano tenta ser executado há pelo menos 2 ou 3 anos. Cada integrante da família teve sua participação no crime detalhada no inquérito enviado ao Ministério Público, que acatou na íntegra o relatório do delegado. O promotor ofereceu denúncia em cima do relatório, e o Poder Judiciário acatou. Ou seja, a investigação já saiu da esfera policial e agora Flordelis é ré.”

O delegado contou ainda que, durante as investigações, a polícia descobriu que a família tentou assassinar o pastor em outras ocasiões, mas não obteve sucesso. Além envenenarem as refeições da vítima, uma das filhas chegou a buscar na internet referências de matadores de aluguel.

“Alguns aparelhos eletrônicos foram submetidos a análise pericial e chegou-se à conclusão que havia um plano para envenenar a vítima e também buscas por pessoas que pudessem cometer a execução simulando um assalto. O pastor era uma pessoa marcada para morrer. Ele foi internado diversas vezes em que tentaram envenená-lo, mas não morreu.

“Ele não sabia o que estava acontecendo. Pensava que estava tendo problemas de saúde, já que foi internado na emergência várias vezes por se sentir mal. Até outros familiares que não sabiam do plano diabólico ingeriram o alimento que seria destinado a ele e também passaram mal.”

Por isso, Flordelis responderá não só por homicídio, mas por tentativa de homicídio, uso de documento falso, falsidade ideológica e organização criminosa.

Embora Flordelis tenha se tornado ré nesse caso, ela não pode ser presa devido à imunidade parlamentar – condição que o delegado espera que seja excluída assim que possível para que ela responda pelo crime na cadeia.

“Ela apenas não foi presa pela condição de parlamentar, mas esperamos que o Parlamento tome as medidas administrativas pertinentes para excluir o privilégio que ela tem de ser presa somente por flagrante de crime inafiançável. Todos os pressupostos de decretação de prisão preventiva estão presentes. Houve tentativa de burlar provas, intimidação de testemunhas. Isso é requisito básico para a preventiva. Tanto que outros participantes acabaram sendo presos (…). Esperamos que ela tenha logo a condição de parlamentar cassada e responda presa.”

Blog do Datena