Gilmar critica ataque de Bolsonaro à imprensa

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Foto: Fellipe Sampaio

Após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que queria agredir um jornalista, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), saiu em defesa da liberdade de imprensa.

“A liberdade de imprensa é uma das bases da democracia. É inadmissível censurar jornalistas pelo mero descontentamento com o conteúdo veiculado”, disse em sua conta no Twitter.

Ele também citou a famosa frase de George Orwell. “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”, escreveu.

A procuradora Janice Ascari, coordenadora da força-tarefa da Lava-Jato em São Paulo, também se pronunciou nas redes sociais.

“Nesses anos todos de MP, uma verdade empírica: aprendi que todas as vezes que o acusado não tem nenhuma razão, adota a tática de que ‘a melhor defesa é o ataque’ – atacar a quem está legitimamente exercendo sua função”, disse.

Neste domingo, ao ser questionado por um repórter do jornal “O Globo” sobre o escândalo envolvendo o ex-assessor Fabrício Queiroz, Bolsonaro afirmou que estava com vontade de “encher a boca” do jornalista de porrada.

A pergunta foi sobre os depósitos de Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O presidente estava visitando a Catedral Metropolitana de Brasília quando foi questionado sobre o fato. Ele também afirmou que o repórter era “safado”. ]

No início do mês, a revista “Crusóe” mostrou que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, repassou R$ 72 mil em cheques a Michelle entre 2011 e 2016. Os dados foram revelados a partir da quebra do sigilo bancário do ex-assessor. Além disso, o jornal “Folha de S.Paulo” informou que Márcia Aguiar, mulher de Queiroz, repassou R$ 17 mil para Michelle em 2011.

Valor Econômico