Governo gastará R$ 145 milhões em satélite bolsonarista

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Foto: Reprodução do INPE

O governo pretende comprar um microssatélite de R$ 145 milhões para fazer o monitoramento da devastação da floresta amazônica. O empenho da verba (quando o governo separa o dinheiro para um determinado objetivo) foi feito pelo Ministério da Defesa. A informação foi publicada em reportagem desta segunda-feira (24) do jornal “O Globo”.

Atualmente, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, faz o monitoramento via satélite do desmatamento da Amazônia.

Ao chegar ao Palácio do Planalto nesta segunda, o vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho da Amazônia, foi questionado sobre a compra do microssatélite. Para ele, o Brasil tem que ter “soberania” no monitoramento da floresta via satélite.

“A Defesa está providenciando isso daí. Existe satélite japonês, existe satélite de outras nações aí que você compra a imagem, mas você não tem soberania. Faz parte do programa espacial brasileiro, está dentro da agência espacial brasileira”, afirmou Mourão.

O vice-presidente disse ainda que o novo satélite vai completar o sistema que o país já possui.

“Ele [o microssatélite] completa a cobertura do Censipam [Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, ligado à Defesa]. Uma das antenas desse satélite será instalada aqui em Formosa [entorno de Brasília], e ela se estende até a nossa plataforma marítima”, completou Mourão.

Em nota enviada ao “Globo”, o Ministério da Defesa disse que o Censipam elabora desde 2016 o Projeto Amazônia SAR, com o objetivo de implantar o Sistema Integrado de Alerta do Desmatamento por Radar Orbital (SipamSAR), com tecnologia capaz de monitorar o terreno mesmo sob nuvens.

No início do mês, o Inpe divulgou que de agosto de 2019 até o dia 31 de julho deste ano houve alertas de desmatamento em 9.205 km² da floresta, um aumento de 34,5% no período de um ano.

Se comparados apenas os dados dos meses de julho de 2020 e 2019, houve queda neste mês: em 2020, os dados apontam 1.654 km² de áreas com alertas de desmate. No ano passado, o total foi de 2,2 mil km².

G1