Inflação está subindo mais para os mais pobres

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) — que mede a variação de preços de produtos e serviços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos — subiu 0,50% em julho, vindo de 0,33% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

O IPC-Br, relativo à inflação para famílias com renda de um a 33 salários mínimos mensais, ficou em percentual próximo, de 0,49% de alta, vindo de 0,36% em junho.

Com esse resultado, o IPC-C1 acumula elevação de 3,08% em 12 meses, contra 2,40% do indicador geral. Na leitura anterior, a inflação dos menos favorecidos apontava para uma alta de preços acumulada de 2,66% contra 2,22% do indicador geral.

De junho para julho, metade das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Habitação (0,07% para 0,90%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,11% para 0,54%), Transportes (1,03% para 1,12%) e Despesas Diversas (0,10% para 0,25%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens tarifa de eletricidade residencial (-0,88% para 2,33%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,64% para 0,52%), serviço de reparo em automóvel (0,12% para 0,94%) e conserto de bicicleta (0,51% para 1,57%).

Em contrapartida, houve desalceração no ritmo de alta em Alimentação (0,53% para 0,13%) e Comunicação (0,72% para 0,40%). Com queda mais acentuada, apareceram Educação, Leitura e Recreação (-0,37% para -0,61%) e Vestuário (-0,10% para -0,25%). Nessas classes de despesa, vale citar os itens hortaliças e legumes (-3,07% para -12,48%), combo de telefonia, internet e tv por assinatura (2,12% para 1,02%), cursos formais (-1,05% para -1,55%) e roupas (-0,14% para -0,40%).

A principal diferença entre o IPC-C1 e o IPC-Br está na ponderação da cesta de produtos e serviços para chegar ao indicador final. Para famílias mais pobres, por exemplo, alimentação costuma ter maior relevância e educação particular, menor, dentro do total de despesas.

Valor Econômico