Maioria condena atuação de Bolsonaro na pandemia

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Foto: Jorge William/Agência O Globo

A atuação do presidente Jair Bolsonaro na pandemia do novo coronavírus é considerada ruim ou péssima por 43% da população, de acordo com a pesquisa mais recente do Datafolha. O desempenho é avaliado como ótimo ou bom por 30% dos entrevistados e como regular por outros 25%. O índice teve uma melhora nas últimas semanas, mas em um nível menor do que o registrado na avaliação geral do governo.

Enquanto a aprovação do desempenho na pandemia aumentou três pontos percentuais entre junho e agosto (passando de 27% para 30%), a avaliação positiva sobre o governo de maneira geral teve um crescimento de cinco pontos no mesmo período (de 32% para 37%). Uma discrepância maior ocorreu na queda da desaprovação: passou de 49% para 43% em relação à pandemia (redução de seis pontos) e de 44% para 34% na avaliação do governo (dez pontos). Ou seja, enquanto na avaliação geral do governo a aprovação passou a predominar, no desempenho na pandemia a reprovação ainda é maior.

O mesmo levantamento também mostrou que 47% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro não tem culpa pelas 100 mil mortes no Brasil. Esse foi a primeira vez que essa pergunta foi feita pelo instituto, então não é possível avaliar uma melhora ou piora.

A pesquisa mais recente do Datafolha foi realizada entre os dias 11 e 12 de agosto. Já a anterior foi feita entre os dias 23 e 24 de junho. Devido à pandemia, as entrevistas estão sendo feitas por celular. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A atuação de Bolsonaro na pandemia teve o seu melhor momento na metade de abril, quando 36% dos entrevistados a consideravam ótima ou boa e 38% avaliavam como ruim ou péssima. O pior momento foi no fim de maio, quando a reprovação chegou a 50% e a aprovação a 27%.

O Datafolha também avalia a atuação do Ministério da Saúde. Após atingir seu melhor patamar no início de abril (76% de ótimo ou bom), a avaliação teve quedas sucessivas até chegar a 33% no fim de junho (contra 34% de ruim ou péssimo). Agora, contudo, houve uma leve recuperação: a aprovação subiu para 37% e a reprovação caiu para 31%.

O Globo