Mourão chama ambientalismo de “imaginário do mundo moderno”

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Foto: Sergio Lima/Bloomberg

O vice-presidente da República e responsável pelo Conselho Nacional da Amazônia, Hamilton Mourão, afirmou hoje que a preservação ambiental “ocupa lugar especial no imaginário do mundo moderno” e o Brasil está empenhado em diminuir os níveis de desmatamento na floresta. Mourão voltou a reclamar, porém, do que considera uma postura “neocolonialista” de países que criticam o Brasil para proteger seus negócios.

“Pior ainda foi a postura de alguns [líderes mundiais] que se aproveitaram da crise para avançar interesses protecionistas e atitudes neocolonialistas”, afirmou Mourão, durante reunião on-line nesta terça-feira com chefes de Estado de países sul-americanos com territórios cobertos pela floresta amazônica.

Em outras oportunidades, o vice-presidente já havia apontado que as críticas de líderes de países da Europa e de outras regiões à destruição da Amazônia também carregam preocupação com a concorrência do agronegócio brasileiro.

Mourão admitiu, no entanto, a urgência em conter incêndios e reduzir os níveis de desmatamento. “Os criminosos do Meio Ambiente não respeitam a lei nem a quarentena. A pandemia de covid-19 impôs dificuldades adicionais”, relatou. “Mas nossos esforços começam a apresentar resultados.”

O vice-presidente citou que as taxas de desmatamento para julho ficaram abaixo do que foi registrado no mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses, no entanto, o índice aumentou. “Manteremos a repressão aos crimes ambientais, mas pretendemos criar condições para negócios sustentáveis”, prometeu Mourão. “O setor privado terá papel central na agenda de desenvolvimento sustentável.”

O presidente Jair Bolsonaro participará da reunião virtual com líderes sul-americanos, que é conduzida a partir da Colômbia, no início da tarde.

Valor Econômico