Mourão critica atuação de ONU na pandemia

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Foto: Sérgio Lima/AFP

O vice-presidente Hamilton Mourão criticou a atuação da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia do novo coronavírus nesta segunda-feira (31/08). Para ele, as organizações não exerceram um “papel relevante” e “isso terá consequências num futuro próximo”.

“Na minha visão, as Nações Unidas não tiveram um papel relevante nesse momento de combate à pandemia. Não houve uma única reunião do Conselho de Segurança da ONU para tratar desse assunto. E se questiona fortemente a atuação da OMS”, disparou Mourão, em fórum realizado pela BandNews. Ele acrescentou que “isso terá consequências num futuro próximo e o efeito pode ser essa desglobalização que estamos vendo”.

Mourão disse que o coronavírus “ainda vai conviver com a gente por um bom tempo”, até pelo menos a medicina encontrar uma vacina ou uma cura para o problema. E concluiu que “a pandemia de covid-19 é o maior desafio enfrentado pela humanidade neste século”.

Para o vice-presidente, a pandemia ainda trouxe implicações sociais, econômicas e políticas, além de pressão sob instituições como a ONU e a OMS. Uma das consequências, segundo ele, é o fortalecimento das discussões sobre a desglobalização.

“O vírus trouxe algo que já vinha acontecendo. Desde a crise do subprime, a globalização começou a ser colocada em xeque e hoje vem se discutindo mas que nunca se estamos em um período de desglobalização”, afirmou.

Como exemplo desse cenário, Mourão citou o acirramento das disputas comerciais e tecnológicas entre a China e os Estados Unidos. Ele ressaltou, contudo, que esse conflito “aflige a todos” e que, nessa situação, “a visão do Brasil é de pragmatismo e flexibilidade”.

“Não existem amizades eternas, nem inimizades perpétuas. Existem os interesses do povo brasileiro, do qual, temporariamente, o presidente Bolsonaro é o responsável”, afirmou.

Mourão ainda sugeriu que o Brasil assuma um papel relevante na integração sul-americana e disse que é preciso resgatar a visão comercial do Mercosul, além de cooperar com a Argentina para que ela supere a “difícil situação que vive”.

Correio Braziliense