Novo bolsonarismo é mais truculento

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Foto: Gabriela Biló/Estadão

Quem observa as transmutações discursivas do “bolsonarismo” no mundo virtual enxerga inflexões significativas: 1) o PT e a corrupção dão lugar a “inimigos” amplos e difusos, o comunismo, a imprensa, etc; 2) o enfoque na agenda de costumes está mais radical; 3) o extremismo está despudorado; 4) os ataque a adversários são mais violentos em forma e conteúdo. Por ora, o “bolsonarismo 2.0” joga fumaça sobre dificuldades do governo no mundo real. Se até 2022 a economia não decolar e a gestão permanecer no piso, ele dará o tom da campanha.

Nos EUA, Donald Trump, ídolo do clã Bolsonaro, está virando a agenda da eleição americana emulando emoções poderosas (raiva e medo) e tentando colar em Joe Biden o rótulo de “socialista”. Se der certo por lá, chegará aqui.

No Brasil, deputados bolsonaristas estão nas redes sociais atacando o “comunismo”. Também ganha adeptos no País o movimento QAnon.

Em grupos bolsonaristas, até Sérgio Moro foi parar em um desses balaios de “comunistas”, junto com Aécio Neves e FHC.

Estadão