OMS diz que haverá “desastre” se aglomerações prosseguirem

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Foto: POOL New / REUTERS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou, em entrevista coletiva nesta segunda (31), para um possivel “desastre”, caso os países comecem a abrir suas economias sem avaliar os riscos de contágio pela Covid-19 e as especificidades de cada local.

— As decisões sobre como e quando permitir a reunião de pessoas devem ser tomadas com uma abordagem baseada no risco e no contexto locais. Em muitos países, observamos surtos relacionados a aglomerações em estádios, boates, templos religiosos, entre outros. Existem outras maneiras de realizar reuniões com segurança — disse Ghebreyesus.

Adhanom reforçou que “países ou comunidades com casos esporádicos ou que ocorram apenas em pequenos grupos podem encontrar maneiras criativas de realizar eventos, minimizando o risco”, mas que ninguém deve agir sem cautela:

— Governos devem tomar ações sob medida para encontrar, isolar, testar e cuidar dos casos e rastrear e colocar em quarentena quem for identificado. Os lockdowns podem ser evitados se os países fizerem intervenções direcionadas — emendou o dirigente, que concuiu: — Nenhum país pode simplesmente fingir que a pandemia acabou. A realidade é que este vírus se espalha facilmente. Reabrir a economia sem controle é a receita para um desastre.

A Comissão Europeia também anunciou nesta segunda que vai contribuir com 400 milhões de euros para a Covax, uma iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde cujo objetivo é adquirir eventuais vacinas contra a Covid-19 para todos os países do planeta. A ideia é que sejam adquiridas 2 bilhões de doses de vários fabricantes até o final de 2021; o objetivo é garantir a imunização de pessoas de países mais pobres.

O apoio financeiro da UE será fornecido por meio de garantias, informou a a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta segunda (31):

— Hoje, a Comissão anuncia uma contribuição de 400 milhões de euros à Covax para trabalharmos juntos na compra de futuras vacinas para o benefício de países de baixa e média renda — disse Ursula.

O Globo