Perfis de Sara Winter são tirados do ar nas redes sociais

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Foto: Reprodução

Na noite desta segunda-feira (17), perto das 23h, os perfis da militante de extrema direita Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, foram desativados nas redes sociais.

A exclusão da conta no Instagram @_sarawinter e uma aparente inativação no Twitter (também de nome @_sarawinter), ocorreu poucas horas depois do grupo de hackers Anonymous Brasil publicar uma série de dados pessoais dela no Twitter, incluindo número de cartão de crédito, em represália ao vazamento por Sara no dia anterior, quando expôs a identidade da criança de dez anos vítima de estupro que teve o aborto legal autorizado pela Justiça do Espírito Santo.

A divulgação da identidade da menina contraria o que preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) sobre o “direito ao respeito” . O artigo 17 do Estatuto (lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990) diz que esse direito “consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais”.

De acordo com a mensagem mostrada no perfil @_SaraWinter no Twitter, “a conta foi retida no Brasil, e em todo o mundo, em resposta a uma demanda legal”.

Mais cedo, ainda na segunda-feira (17), a Justiça do Espírito Santo determinou que Twitter, Facebook e YouTube retirassem do ar em até 24 horas as publicações que continham informações sobre a criança capixaba.

A decisão liminar foi tomada após ação civil pública protocolada pela Defensoria Pública do Espírito Santo, que indicou os links que considerou que colocavam em risco a menina e sua família. A decisão foi dada pelo juiz plantonista da 5ª região do Espírito Santo, Samuel Miranda Gonçalves Soares.

A bancada do PSOL na Câmara também tomou medidas a respeito do comportamento da extremista no caso e protocolou representação contra Sara por expor as informações que deveriam ser sigilosas. O documento foi registrado no Ministério Público do Distrito Federal e na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.

Correio do Povo