Queimadas na Amazônia afetam saúde de bebês

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Foto: João Laet

Ao menos 2.195 pessoas foram internadas por doenças respiratórias em 2019 por conta da fumaça oriunda das queimadas na região amazônica, aponta um estudo do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), do Ieps (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde) e da HRW (Human Rights Watch) publicado hoje. Desse total, 467 foram internações de bebês com menos de um ano de idade; 1.080 foram de idosos com mais de 60 anos.

O relatório “O ar é insuportável” compilou dados estaduais de saúde para chegar aos números. Foram analisadas estatísticas de internações hospitalares, desmatamento, focos de calor e qualidade do ar, em especial na procura de substâncias associadas às queimadas na Amazônia.

Os pesquisadores analisaram a poluição decorrente das queimadas e como o material particulado da fumaça incide diretamente sobre os problemas respiratórios de quem vive na região. Para isolar o impacto direto das queimadas, levaram em consideração variáveis meteorológicas e tendências que afetam a saúde respiratória.

“O relatório mostra que, a cada ano, há uma crise de saúde ocorrendo na região amazônica que pode ser prevenida. Os incêndios, posteriores ao desmatamento ilegal, envenenam o ar que milhões de brasileiros respiram”, diz a pesquisadora Luciana Téllez Chávez, que participou do estudo.

Os dados de focos de calor e desmate foram compilados a partir dos satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os dados de poluição são do Sisam (Sistema de Informações Ambientais Integrado à Saúde Ambiental) e a fonte das internações foi o DataSUS.

Redação com Uol