Reinfecção por convid19 apavora a humanidade

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Foto: Maio JAMES / AFP

O caso do homem infectado duas vezes pelo coronavírus, relatado por cientistas de Hong Kong, reforça a suposição de que a imunidade adquirida contra o Sars-Cov-2 dura pouco. Isso tem desdobramentos para o desenvolvimento de vacinas, pois sugere que podem ser necessários reforços regulares e que pacientes recuperados precisam ser vacinados.

Neste momento, tudo não passa de hipóteses. Primeiro porque, ao que tudo indica, o caso é uma raridade entre os mais de 20 milhões de infectados no mundo. E, a despeito de ter sido infectado, o homem não manifestou sintomas. Seu sistema de defesa não conseguiu impedir a entrada do coronavírus, mas evitou que causasse a Covid-19. Houve resposta protetora do sistema imunológico.

Já se sabia que os coronavírus de resfriados comuns podem causar reinfecção em menos de um ano. Mas cientistas esperavam que o Sars-CoV-2, a exemplo de seus antecessores mais letais Sars-CoV-1 e Mers, provocasse uma imunidade de pelo menos alguns anos.

O quão duradoura é a resposta imunológica protetora de pacientes recuperados, só vamos saber após o término de estudos em curso no mundo. Pesquisas já mostraram que ela existe e é robusta. Vem tanto na forma de anticorpos (moléculas bloqueiam a entrada do vírus na célula) quanto de ação de linfócitos T (que destroem o vírus). A pandemia urge, a ciência avança, mas são apenas oito meses de Covid-19, e muitos aspectos do ataque do coronavírus ao ser humano permanecem misteriosos.

O Globo