União Europeia faz primeira compra de vacina

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Foto: Phil Noble / REUTERS

A União Europeia fechou seu primeiro acordo para garantir antecipadamente a compra de pelo menos 300 milhões de doses da potencial vacina da farmacêutica AstraZeneca contra a Covid-19. Este, que é considerado o primeiro acordo de compra antecipada pelo bloco, poderia enfraquecer, segundo meios internacionais, os planos da Organização Mundial da Saúde (OMS) de promover uma articulação global com o objetivo de disponibilizar acesso a vacina a demais países do mundo.

A Comissão Europeia, que está negociando em nome de todos os 27 países membros do bloco, disse que o acordo inclui a opção de comprar 100 milhões de doses adicionais da farmacêutica britânica, caso a vacina se mostre segura e eficaz.

O acordo bilateral da União Europeia reflete os movimentos dos Estados Unidos e de outros países ricos, alguns dos quais são críticos da iniciativa da OMS, e reduz ainda mais o estoque potencialmente disponível na corrida para garantir vacinas eficazes contra a Covid-19.

O movimento vai de encontro a um acordo preliminar da União Europeia com a AstraZeneca, firmado em junho pela Aliança para Vacinas Inclusivas da Europa (IVA), grupo formado por França, Alemanha, Itália e Holanda, para garantir doses de vacina aos países.

A Comissão Europeia se recusou a divulgar os termos de seu acordo com a AstraZeneca, mas disse que ele visa financiar parte dos custos iniciais para desenvolver as vacinas. O financiamento seria uma entrada parcial para garantir as doses, mas as compras reais seriam decididas em uma fase posterior por cada país da UE.

“Este novo acordo dará a todos os estados membros da União Europeia a opção de acessar a vacina de forma equitativa e sem lucro durante a pandemia”, disse a AstraZeneca em um comunicado.

A União Europeia disse que esteve em negociações avançadas nas últimas duas semanas com a Johnson & Johnson e a Sanofi para as vacinas em desenvolvimento. Também segue em negociações com a Pfizer, Moderna e CureVac para a compra antecipada de suas vacinas em potencial, disseram autoridades da União Europeia à Reuters em julho.

O Globo