Witzel tenta se reconciliar com Alerj

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Foto: Domingos Peixoto/Agência o Globo

Alvo de processo de impeachment que tramita na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o governador Wilson Witzel (PSC) usou o Twitter, nesta terça-feira, para falar sobre possível reconstrução de sua relação com os parlamentares fluminenses. O político também mostrou-se confiante em cumprir seu mandato até o fim, em 2022.

Em vídeo postado na rede social, trecho de uma entrevista que teria sido concedida por ele à TV Bandeirantes, Witzel afirmou que “do ponto de vista político há uma reconstrução na Alerj, uma reconstrução com os deputados”.

“Evidente que eu nunca fui político. Pela primeira vez ocupo um cargo na política, como governador. E eu acredito que nós já demos avanços importantes, em relação à minha relação com a política, e formando um grupo mais consistente, que certamente vai nos permitir uma governabilidade até o final deste mandato em 2022″, completou o governador do RJ.

Acima do vídeo, o governador fez também postagem escrita, reforçando suas raízes na magistratura. “Nunca fui político. Deixei de ser juiz por um ideal: reestruturar o RJ [Rio de Janeiro] e retomar o caminho do desenvolvimento. Respeito e confio nas instituições que zelam pelo bem público. Tenho certeza de que, em conjunto com o Legislativo e o Judiciário, a população terá um futuro melhor.” postou.

O processo de impeachment contra Witzel foi iniciado pela Alerj em junho. Treze pedidos de impeachment contra Witzel foram protocolados. O que foi acatado é de autoria dos deputados Luiz Paulo Corrêa da Rocha e Lucinha, ambos do PSDB. O pedido se apoia em fatos relacionados às operações Favorito e Placebo, do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF), que miram suposto esquema de corrupção e de desvio de recursos da pasta de saúde fluminense.

Ontem, a defesa do governador contestou manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu o rito adotado pela Alerj para análise do processo de impeachment. O colegiado, formado por 25 deputados estaduais, é alvo de contestação por parte de Witzel, que defende que a comissão deveria ser formada observando os critérios de proporcionalidade dos partidos da Alerj.

Valor Econômico