Bolsonaro é aconselhado a fugir de depoimento com Celso de Mello

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Foto: Adriano Machado/Reuters

Aliados de Jair Bolsonaro têm defendido para o presidente que ele adie seu depoimento no inquérito que apura se ele interveio na Polícia Federal. A ideia é que Bolsonaro postergue o caso até Celso de Mello, relator da ação no Supremo Tribunal Federal (STF), se aposentar. A investigação foi aberta com base em afirmações do ex-ministro Sergio Moro quando deixou o governo. É consenso entre Bolsonaro e integrantes de Palácio que Celso de Mello “está contra o presidente”.

Com a aposentadoria de Celso de Mello em novembro, um nome indicado por Bolsonaro assumirá o seu lugar. Na Corte, o comum é que o novato herde os casos de quem saiu, mas pode haver mudanças pontuais, como no inquérito que envolve o presidente. Para que isso aconteça, porém, uma das partes precisa pedir a redistribuição do processo. Outra opção é que o novo ministro se declare impedido.

Hoje, Celso de Mello divulgou a decisão em que determina que o presidente seja ouvido presencialmente e não por escrito. Segundo aliados do presidente, a Advocacia-Geral da União (AGU) deve recorrer da decisão. Com isso, o presidente já ganharia tempo. Cabe à Polícia Federal marcar o depoimento do presidente.

O Globo