Bolsonaro libera uso de sua imagem por Crivella

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Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que promete uma postura neutra na corrida à prefeitura do Rio, não vai reclamar de postagens feitas pelos candidatos Marcelo Crivella (Republicanos) e Luiz Lima (PSL), que disputam a eleição e a simpatia do eleitorado bolsonarista — e, para isso, publicaram conteúdos com a imagem do presidente.

No caso de Crivella, o presidente deu aval pessoal ao uso de sua imagem. No primeiro dia de campanha oficial, domingo, Crivella publicou uma foto na qual aparece ao lado de Bolsonaro, procurando aparentar ter o apoio do presidente à sua candidatura. Lima, por sua vez, publicou um vídeo sobre “renovação” no qual aparecem Bolsonaro e os ministros Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura). Lima tem divulgado nas redes, ainda, o apoio recebido de pessoas que usam camisas com o rosto do presidente.

Antes de publicar o material, Crivella consultou Bolsonaro sobre o uso da foto, e o presidente acenou positivamente, dizendo que não lhe daria apoio explícito no primeiro turno, tampouco reclamaria do uso de sua imagem.

Sobre Luiz Lima, o senador Flávio Bolsonaro, filiado ao partido de Crivella, chegou a dizer ao deputado, há duas semanas, que não usasse fotos ao lado de Bolsonaro ou dissesse que tem o apoio do presidente. Lima integra a base governista em Brasília, mas, antes de se candidatar, anunciou que desistiu de se filiar ao Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro pretende fundar. O vídeo publicado por Lima, no entanto, não chegou a ser visto como uma afronta, tendo em vista que, nele, o narrador não afirma que o deputado tem o apoio do presidente.

Ontem, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) arquivou um pedido de suspeição feito pela defesa de Crivella contra o desembargador eleitoral Gustavo Alves Teixeira, um dos sete membros da Corte que havia condenado o prefeito a oito anos de inelegibilidade, por abuso de poder político nas eleições de 2018. A defesa vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral e, se necessário, ao STF para suspender a condenação e garantir que Crivella concorra à reeleição.

O Globo