Bolsonaro pode ajudar adversários de Russomano

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Foto: Andre Coelho / The Washington Post

A cada vez mais iminente entrada de Jair Bolsonaro em cena nas eleições municipais faz estrategistas dos principais candidatos a prefeito de São Paulo estudarem como o fenômeno da polarização, que divide (e apaixona) os brasileiros, deve influenciar o voto do eleitor paulistano. Na largada, existe a percepção de que “polarizar” com Celso Russomanno (Republicanos), o líder nas pesquisas, poderá ser uma boa para candidaturas do campo contrário ao presidente, como Bruno Covas (PSDB), Márcio França (PSB ) e Guilherme Boulos (PSOL).

De olho na polarização, Covas pretende dar toques progressistas a seus programas na TV. Mostrará, por exemplo, os CEUs da atual gestão, todos com nomes de personalidades negras. A ideia também é engajar a ex-petista Marta Suplicy na campanha.

Forçar uma polarização com Russomanno (apoiado por Bolsonaro), porém, embute riscos: o revide poderá ser na mesma moeda, o que aumentaria ainda mais a rejeição de Covas, por exemplo.

No caso de Boulos, a polarização com Russomanno será inevitável, ainda mais porque, se ele não assumir esse espaço, Jilmar Tatto (PT) assumirá.

Estadão