Bolsonaro teme reação do Congresso a novo imposto

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Foto: Reprodução/Blog Lindenberg

Defendido não só pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, mas agora também pelos líderes governistas, a proposta de criação do novo tributo sobre pagamentos eletrônicos ainda depende de uma decisão final do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo assessores, ele vai decidir na próxima semana, depois de tirar o “pulso político” do Congresso sobre o tema.

Até lá, os líderes do governo no Legislativo vão seguir em um trabalho de bastidores para reduzir as resistências à proposta — principalmente da parte do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) — a fim de que o novo tributo tenha chances de ser aprovado no Congresso.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e líderes partidários na Câmara e Senado também estão sendo procurados.

A ideia é vista como a melhor saída pela equipe econômica, agora encampada pelos líderes do governo no Congresso, para bancar a desoneração da folha de pagamento das empresas e ajudar na redução do desemprego no país, que vai aumentar até o final do ano.

Bolsonaro disse a seus líderes e ao ministro Paulo Guedes concordar com eles sobre o objetivo da medida, mas alertou que não adianta enviar a proposta ao Congresso se o clima entre deputados e senadores for amplamente negativo à ideia. Aí, o envio da medida só iria gerar mais desgaste ao governo e não seria aprovada.

Em princípio, na semana que vem o governo Bolsonaro vai enviar as demais propostas de reforma tributária ao Congresso.

Entre essas propostas, deve estar também uma reformulação do Imposto de Renda da Pessoa Física, elevando a faixa de isenção dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 3.000,00.

Nesta quarta-feira (23), após reunião com o presidente da República, o ministro Paulo Guedes defendeu “tributos alternativos” para bancar a desoneração da folha de pagamento.

E o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), destacou que o governo não vai aumentar a carga tributária, mas fazer uma substituição tributária — ou seja, propor a criação de um novo tributo para eliminar os que incidem sobre a folha de pagamento.

G1