Creches e escolas são desafios ao novo prefeito paulistano

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Foto: Carolina Daffara

O próximo prefeito de São Paulo, a ser escolhido nas eleições de novembro e que assume em janeiro de 2021, terá a missão de solucionar o principal e histórico problema da educação no município: garantir o atendimento em creches.

Em 2024, fim do mandato, vence o prazo estipulado para que haja oferta de vagas para 75% das crianças de 0 a 3 anos na cidade ou atendimento de todas as crianças que solicitarem matrícula nessa etapa. A meta é prevista no PME (Plano Municipal de Educação), lei aprovada em 2015.

O objetivo vai além do estipulado nacionalmente pelo PNE (Plano Nacional de Educação), que estabeleceu, em lei de 2014, ter 50% das crianças em creche até 2024. A meta nacional já foi alcançada em São Paulo em 2018, mas a municipal ainda não.

Atualmente, 63% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas em creches paulistanas, a maioria em unidades públicas, segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais). A rede municipal tem 341.966 alunos dessa faixa etária e a rede privada, 45.222.

A cidade tem ainda 22.732 crianças na fila oficial por uma vaga nessa etapa de ensino, segundo a última atualização da prefeitura, de junho deste ano.

O alcance da meta ainda pode ser dificultado com a migração de alunos da rede particular para as escolas públicas em razão da pandemia do novo coronavírus.

Além disso, a distribuição da oferta de vagas em creches é desigual entre os bairros.

A crise sanitária da Covid-19 também trará novos desafios ao próximo prefeito na área da educação, como a defasagem de aprendizado dos alunos por causa dos quase seis meses de suspensão de aulas presenciais e a redução de recursos com a queda de arrecadação geral do município.

Redação com Folha