Dallagnol fez da Lava Jato um show com mídia e linha dura

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Foto: Jorge Araújo/Folhapress

O procurador da República Deltan Dallagnol foi o arquiteto da bem sucedida estratégia de tornar a Operação Lava Jato um fenômeno de mídia, após montar uma força-tarefa de procuradores que conseguiu obter o maior conjunto de delações premiadas, provas de corrupção e condenações da história do país.

Ele foi designado pelo Ministério Público Federal do Paraná em 2014 para ser o coordenador da Lava Jato e formou um time que reuniu a experiência de colegas que já tinham atuado em grandes casos de corrupção, como Carlos Fernando dos Santos Lima, Orlando Martello, Januário Paludo e Antonio Carlos Welter, e jovens com grande disposição para o trabalho e especialização técnica, como Roberson Pozzobon, Paulo Roberto Galvão, Diogo Castor, Júlio Noronha e Athayde Ribeiro.

Desde o início da operação, Deltan aproveitou o fato de o então juiz responsável pelo caso, Sergio Moro, também ter a visão de que era preciso ter um trincheira na mídia para potencializar o combate à corrupção. Eles nunca esconderam esse entendimento e citavam a Operação Mãos Limpas, ocorrida na Itália, como um exemplo de como era fundamental obter o apoio da opinião pública por meio da imprensa.

Moro teve como regra na Lava Jato tornar públicas todas investigações e processos que não dependiam mais do fator surpresa para avançarem, e assim municiou a equipe de procuradores com farto material para entrevistas coletivas e divulgação dos passos das apurações.

Redação com Folha