Dólar e demanda explicam alta de alimentos

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Carolina Antunes/PR

Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a alta no preço do arroz, mesmo diante de uma inflação baixa, encontra justificativa no princípio da oferta e da demanda. Ela lembra que houve uma redução na área de plantio do arroz nos últimos anos e que o câmbio alto estimula a exportação, reduzindo a oferta doméstica. Além disso, segundo a ministra, a demanda foi afetada pelo auxílio emergencial pago pelo governo, que representou um estímulo ao consumo.

“O arroz ficou no vermelho durante muitos anos. Muita gente, inclusive, deixou de plantar, mudou para soja. A área de plantio ficou menor, afetando a oferta. Houve redução também das importações do Uruguai e do Paraguai. E o câmbio muito favorável a exportar. Do lado da demanda, o auxílio fez com que houvesse procura maior. Tem variação na oferta e na procura, mas é sazonal”, afirmou a ministra.

Apesar da alta no preço e da queda da oferta, a ministra descarta possibilidade de desabastecimento e refuta qualquer interferência direta do governo no mercado para abaixar preços.

“Não temos perigo de desabastecimento, de jeito algum. Não temos motivos de grande preocupação. Estamos monitorando. Preço é mercado. Todas as vezes em que governo tentou interferir nisso só criou problema. Governo não vai fazer intervenção nos preços. Há conversas para tentar entender os valores. Isso sim. Mas as pessoas acabam também naturalmente substituindo por produtos que estão mais baratos, como batata, mandioca, massa”, disse a ministra.

G1