Economista teme que Bolsonaro comece a controlar preços

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Foto: Reprodução

“Com Simonsen no governo Geisel e no início do Figueiredo e, na Nova República, até o Cruzado, participei do controle de preços. Experiência que me fez acreditar, ainda mais, na maior “verdade econômica”: oferta e procura determinando o preço de equilíbrio nos mercados. Até porque, existe “inflação boa”, como nos tempos da inflação dos serviços com ascensão da “nova classe C” quando a diminuição da informalidade, que aumentava oferta de serviços de baixo custo, pressionou a inflação. Mas, como prescreve outra “verdade econômica”, “não existe almoço de graça”. A distribuição de renda melhorava, e aumentava a popularidade dos dirigentes de plantão. Acho que estamos vivendo novamente uma “inflação boa”, com a melhora na distribuição de renda em plena pandemia. Pois, além da “pressão chinesa” sobre os alimentos, de problemas sazonais de safra e da desvalorização do real (em função das incertezas fiscais), temos o auxílio emergencial e, de novo, uma pressão de demanda daqueles que estão conseguindo se alimentar melhor. Mas como inflação assusta “politicamente” os governos de plantão e somos o país no mundo mais “viciado” em inflação, voltamos ao passado. Ou seja, como dizia uma propaganda antiga, “o mundo gira e a Lusitânia roda”, e o Brasil não anda para frente.”

O Globo