Ministros do STF querem preservar decisão do decano sobre Bolsonaro

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Foto: Adriano Machado/Reuters

 

O peso do decanato pode influenciar na decisão sobre como o presidente Jair Bolsonaro deve depor no inquérito que investiga se ele interveio na Polícia Federal. Alguns ministros relataram que não estão confortáveis em reverter a decisão de Celso de Mello em um momento em que ele está de licença e prestes a sair da Corte, já que se aposenta em novembro. O ministro negou a Bolsonaro o direito de depor por escrito no caso.

Como o decano está licença médica, tudo indica que caberá ao vice-decano, Marco Aurélio Mello, decidir sobre o recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) que solicita que Bolsonaro fale por carta. Auxiliares de Marco Aurélio avaliam que ele não derrubaria decisão de um colega de maneira monocrática e, por isso, o tema deve seguir para o plenário.

Outros ministros já criticaram, de maneira reservada, a decisão de Celso de Mello de determinar que o depoimento de Bolsonaro seja presencial. No entanto, o desconforto em mudar uma das últimas decisões do decano pode pesar na balança para que ela seja mantida.

O Globo