Partidos Democrata e Republicano preparam-se para guerra judicial

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Foto: Drew Angerer/AFP

A campanha do ex-vice-presidente Joe Biden, adversário de Donald Trump à Presidência nas eleições deste ano nos Estados Unidos, convocou um exército formado por milhares de advogados que irão atuar nos dias seguintes ao fechamento das urnas, uma vez que é esperada uma batalha legal sobre a apuração dos votos enviados pelos correios.

“Nós podemos e vamos ser capazes de assegurar uma eleição livre e justa em novembro. Nós estamos preparando um esforço sem precedentes de proteção do voto com milhares de advogados e voluntários em todo o o país, que vão assegurar que o voto ocorra de forma tranquila”, disse em um comunicado a conselheira-geral da campanha, Dana Remus.

As eleições Presidenciais deste ano, marcadas para 3 de novembro, irão ocorrer com um complicador a mais: o voto pelo correio. Devido à pandemia de Covid-19, na qual o distanciamento social e as aglomerações são desencorajadas para evitar o contágio, o sistema de logística do país se prepara para receber um grande volume de votos.

A apuração, portanto, será lenta e é improvável que um dos candidatos, seja o democrata Biden ou o republicano Trump, saia vencedor do pleito no dia à eleição. No entanto, nas últimas semanas o atual mandatário vem atacado o modelo e afirmando, sem provas, que os votos serão fraudados.

Um dos temores do Partido Democrata é caso Trump se declare vencedor antes mesmo do fim da contagem dos votos, mesmo que ao longo dos dias a vantagem do republicano diminua, ou ele até mesmo perca, à medida que os votos enviados pelos correios forem sendo contados e divulgados, o que resultaria em uma longa batalha judicial entre os dois candidatos.

Nas eleições dos anos 2000, houve um caso similar com a eleição do republicano George W. Bush, que venceu o pleito contra o democrata Al Gore por uma margem pequena após a recontagem de votos e a judicialização das eleições.

Atualmente, Biden mostra vantagem nas pesquisas eleitorais em estados-chave nas pesquisas. Na Pensilvânia, por exemplo, o ex-vice-presidente marca 49% das intenções de voto, enquanto o presidente pontua 44%, segundo análise do portal RealClearPolitics. Em 2016, Trump venceu no estado por menos de um ponto percentual de diferença sobre a democrata Hillary Clinton.

Nacionalmente, Biden tem 49,4% das intenções de voto, contra 42,9% de Trump.

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