Prefeitos paulistas fazem cálculo político para volta às aulas

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Foto: Reprodução/ Folha

A dois meses das eleições municipais, prefeitos do estado São Paulo têm se pautado em pesquisas de opinião pública e em cálculos políticos para decidir quando devem reabrir as escolas. Como a maioria dos pais se mostra insegura e os sindicatos dos professores pressionam pelo adiamento, prefeituras estão postergando a decisão, apesar de o governo estadual considerar segura a volta gradual a partir do dia 8.

Até esta terça (1), a uma semana da data de reabertura do retorno opcional para recuperação e atividades de acolhimento, 128 dos 645 municípios paulistas haviam confirmado ao governo que iriam liberar a volta. Destes, apenas cinco já tinham publicado decreto (Itu, Sorocaba, Itapevi, Ribeirão Preto e Cotia).

Dúvidas em relação à contenção da pandemia e dificuldades financeiras para o preparo das escolas são colocadas como motivos do adiamento. Mas o cálculo político é admitido informalmente por candidatos à reeleição e assessores.

A maior parte das cidades elabora pesquisas com os pais, e não raramente definem assim o retorno. Em casos como da região metropolitana de Campinas, os prefeitos deixarão para os pais a decisão sobre a retomada, com enquetes feitas pela internet.

Na capital, o prefeito Bruno Covas, que seguiu a maior parte do plano SP, no caso da educação foi mais restritivo, alinhando-se ao temor do eleitorado –uma pesquisa da prefeitura mostrou 80% dos pais contrários à volta. Após adiar o retorno parcial em setembro e colocar o de outubro em dúvida, já cogita deixar para 2021.

Redação com Folha