Alcolumbre tira corpo fora de caso da cueca

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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), evitou se comprometer, nesta terça-feira, 20, com a reabertura do Conselho de Ética da Casa para investigar o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado pela Polícia Federal, na semana passada, com R$ 33.150 na cueca. Cabe a Alcolumbre a decisão de reativar o colegiado, paralisado por causa da pandemia do coronavírus, mas ele disse que não mudará a programação por “conveniência”.

“Eu não posso por uma conveniência ou não, de um assunto ou outro, decidir sozinho isso. Eu tenho que dividir com todos que estão preocupados com o coronavírus”, afirmou Alcolumbre ao chegar nesta terça-feira, 20, ao Senado. Na prática, a estratégia articulada até agora garante sobrevida a Rodrigues, que é acusado de desviar recursos destinados ao combate da pandemia do coronavírus.

Alcolumbre disse que vai discutir a reativação de todas as comissões da Casa, inclusive do Conselho de Ética, somente daqui a duas semanas. Questionado se o escândalo envolvendo Rodrigues não demandaria uma resposta urgente do Senado, Alcolumbre minimizou o caso. “E os outros projetos que estão nas outras comissões não são (urgentes)? Tem matérias em todas as comissões”, respondeu ele. A próxima reunião de líderes está marcada para 4 de novembro.

Rodrigues decidiu se afastar do mandato por 121 dias, abrindo assim caminho para a posse do primeiro suplente, Pedro Arthur, que é seu filho. Ex-líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, Rodrigues é alvo de uma representação no Conselho de Ética que pode cassar o seu mandato. A reunião do colegiado, porém, depende do retorno presencial das comissões da Casa, interrompidas por causa da covid-19.

Estadão