Bolsonaro abandona agenda moralista “contra a corrupção”

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Foto: Buda Mendes/Getty Images

No dia 9 de novembro de 2018, Jair Bolsonaro comemorou a adesão de Sergio Moro ao governo que viria, dois anos depois, a celebrar o fim da Lava-Jato.

Moro no Ministério da Justiça, segundo Bolsonaro, teria poderes para amplificar o trabalho da operação contra corruptos. Iria pescar “com rede de arrastão” em vez de seguir pescando “com varinha” na Lava-Jato.

“Sergio Moro vai pegar vocês. Abra teu olho. Ele lá agora, ao contrário do que alguns estão falando aí… Ele pescava com varinha, agora vai pescar com rede de arrastão de 500 metros. Queremos isso, o povo quer isso: combater a corrupção e o que está errado, para sonhar com aquilo que merecemos”, disse Bolsonaro.

Os “peixes” então alvos da Lava-Jato que Moro “pescaria” com rede de arrasto estão hoje na base aliada de Bolsonaro. Nesta quarta, o presidente disse que acabou com a Lava-Jato porque não há mais corrupção no governo. Os investigadores da Lava-Jato no Rio, em São Paulo e em Curitiba discordam.

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