Homofobia de Bolsonaro está dando pinta

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A última de Bolsonaro foi ele dar um xilique homofóbico ao ver um refrigerante cor-de-rosa. Pior ainda: lata e líquido. Como bom cloroquiner, ele já enxergou na bebida o poder de transformar quem a ingere em “boiola”.

Bolsonaro fez uma piada preconceituosa em sua primeira visita oficial ao Maranhão, na quinta-feira 29. Enquanto se encaminhava para o segundo compromisso do dia, após beber um copo de Guaraná Jesus, bebida típica do estado, fez piada com a cor rosa da bebida.

Não é brincadeira. Não tem graça. Homofobia mata e é crime equiparado ao racismo. Isso sem levar em conta que há um tom xenofóbico e até racista ao atribuir uma orientação sexual comum a todo o povo maranhense, como característica inata.

Diante disso, os deputados federais do PSOL Fernanda Melchionna (RS), David Miranda (RJ) e Sâmia Bomfim (SP) e as ativistas Natasha Ferreira e Mônica Benício, viúva da vereadora Marielle Franco, entraram com uma representação no Ministério Público Federal contra ele por pratica de homofobia.


Essa fixação de Bolsonaro com a homossexualidade já está pegando muito, muito, mas muito mal. Há estudos que comprovam que todo homofóbico é, em verdade, um homossexual enrustido.

O Departamento de Psicologia da Universidade da Georgia (EUA) conclui o que muita gente desconfia: homofóbicos são gays enrustidos. Na maioria dos casos, há um conflito tão grande quanto à própria sexualidade que o tormento se transforma em raiva e agressividade.

Os pesquisadores recrutaram homens, declaradamente heterossexuais. Eles enfrentaram uma bateria de perguntas que os dividiu em dois grupos: os que se sentiam mais e o que se sentiam menos desconfortáveis com o assunto homossexualidade.

Em seguida, todos foram equipados com um pletismógrafo peniano, aparelho que mede o grau de excitação do pênis em resposta a imagens. Os participantes assistiram a cenas de sexo heterossexual, entre duas mulheres e depois entre dois homens.

O surpreendente das reações nessa última situação é que cobaias do grupo com mais tendências homofóbicas tiveram quatro vezes mais aumento de volume peniano do que os do grupo formado por quem não se incomodava com homossexuais.

Mais da metade dos “homofóbicos” teve ereção, enquanto menos de um quarto do outro grupo mostrou algum tipo de excitação ao ver as imagens de dois homens transando. Bastante revelador: depois do teste, quando confrontados, todos os homofóbicos negaram o que sentiram minutos antes.

Estudos mostram que pessoas que precisam reiteradamente atacar homossexuais, são pessoas que desejariam ser aqueles que atacam. Se Bolsonaro quer esconder alguma tendência, portanto, deveria parar de dar pinta.

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