Planta alucinógena é cultura por novo partido de Bolsonaro

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Foto: Reprodução

Foi graças à ayahuasca, planta alucinógena usada em rituais religiosos, que alguns integrantes do Aliança pelo Brasil, partido em criação da família Bolsonaro, se conheceram.

A história foi contada pelo marqueteiro Sergio Lima, em depoimento à Polícia Federal, no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos. Lima relatou que conheceu o vice-presidente da sigla em formação, Luis Felipe Belmonte, por meio de um funcionário de sua agência de publicidade que frequentava a mesma igreja de Belmonte, “que utiliza o chá Santo Daime”.

A apresentação aconteceu no início de 2019, meses antes de Bolsonaro e seus filhos apostarem na fundação do próprio partido, ainda não oficializado. Ao ser perguntado sobre sua relação com Luis Felipe Belmonte, o marqueteiro respondeu que, em 2019, conheceu Luis Felipe, “por meio de um funcionário do declarante chamado Edson Romão, pelo fato de Edson e Luis Felipe frequentarem a mesma igreja que utiliza o chá Santo Daime”, relatou Lima à PF.

A instituição religiosa em que Belmonte e Edson se encontraram é conhecida como União do Vegetal, uma “religião de fundamentação cristã e reencarnacionista que usa em seu ritual o Chá Hoasca (também conhecido como ayahuasca), preparado a partir de duas plantas amazônicas, o cipó Mariri (Banisteriopsis caapi) e as folhas da árvore Chacrona (Psicotria viridis)”.

Apesar de terem se conhecido meses antes do lançamento do Aliança, o convite para que Lima trabalhasse no projeto partiu da advogada Karinaa Kufa, segundo ele relata no depoimento.

O Globo