Secretário de Bolsonaro e Russomanno se reúnem com empresários

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Foto: Divulgação / Republicanos

Em vantagem numérica na última pesquisa Ibope à prefeitura de São Paulo, o candidato Celso Russomanno, do Republicanos, se reuniu na noite de quinta-feira com cerca de 40 empresários no restaurante do chef Erick Jacquin, no bairros dos Jardins, região nobre da capital paulista. No encontro, o candidato reafirmou o alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro e fez críticas à gestão da Covid-19 conduzida pelo prefeito Bruno Covas e pelo governador João Doria, ambos do PSDB.

Segundo as pesquisas, Russomanno aparece mais bem posicionado nesta eleição entre os eleitores jovens, mais pobres e evangélicos, mas também busca avançar em outros segmentos do eleitorado, como o empresariado, sobretudo daqueles que apoiaram Bolsonaro na eleição de 2018. No levantamento do Ibope desta quinta-feira Russomanno e Covas lideram a corrida pela prefeitura e estão em empate técnico. O candidato do Republicanos tem 25% das intenções de voto, contra 22% do tucano.

O evento contou com a presença do secretário executivo do ministério das Comunicações, Fábio Wajngarten, e empresários como Flávio Rocha, da varejista Riachuello; João Appolinário, fundador e CEO da Polishop e Miled Khoury, dono da Sawary Jeans. Estavam presentes também Marcos Pereira, presidente do Republicanos, Alexandre Birman, da Arezzo, e Lírio Parisotto, ex-marido de Luiza Brunet e condenado por agressão a ela.

Segundo aliados, Russomanno apresentou seu plano de governo junto com seu vice Marcos da Costa, ex-presidente da OAB-SP. Tido como o representante de Bolsonaro no jantar, o secretário executivo Wanjgarten reforçou aos empresários os compromissos que o presidente firmou com Russomanno. Das 10 principais propostas de Russomanno, pelo menos três delas dependem do presidente.

A primeira é o eixo do plano de governo que é o auxílio paulistano, um complemento ao auxílio emergencial pago pelo governo federal a 2, 6 milhões de pessoas. O benefício consumiria R$ 1, 8 bilhão, recurso que a cidade não tem nos cofres.

Bolsonaro, afirma a campanha, renegociaria a dívida de São Paulo e daria o aval por decreto, sem passar pelo legislativo. Com isso, parte do pagamento de juros que São Paulo faz anualmente à União seria descontado e repassado ao auxílio paulistano de Russomanno. No entanto, a proposta é vista com desconfiança por especialistas, já que poderia gerar efeito cascata.

Em parceria com o governo federal, Russomanno também promete construir 64 mil moradias na capital paulista por meio do programa Casa Verde Amarela, que substituiu o Minha Casa Minha Vida, criado nas gestões petistas. Por último, o candidato diz que Bolsonaro enviará recursos para uma de suas propostas da saúde, cujo objetivo será zerar exames e cirurgias eletivas represadas durante a pandemia.

Russomanno também tem feito acenos a empresários ao prometer reduzir o ISS, sob o argumento de que a medida atrairia empresas que trocaram São Paulo pelas cidades do entorno, onde as alíquotas seriam menores. O candidato, no entanto, não diz em quanto pretende reduzir do imposto, tampouco o quanto que isso representaria de impacto nas contas públicas.

O Globo