Toffoli atua como “eminência parda” no STF

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Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

O desembargador Kassio Nunes nem vestiu a toga, mas a indicação de seu nome para a vaga de Celso de Mello já deu início a uma rede de intrigas no Supremo Tribunal Federal (STF).

A atuação dos ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli junto ao presidente Jair Bolsonaro para selar o nome do novo ministro consolidou, entre boa parte dos colegas, a opinião de que o ex-presidente do STF não quer largar o osso e continuará atuando como interlocutor junto ao Palácio do Planalto. A atuação da dupla é vista como uma tentativa de esvaziar o comando de Luiz Fux.

Recém-empossado na presidência, Fux, de fato, mostrou irritação com a atuação de Gilmar e Toffoli, mas garantiu a interlocutores que não abriu espaço para Bolsonaro envolvê-lo nesse processo para “não dever favores”.

A informação sobre a chateação de Fux chegou a Kassio Nunes, que, segundo interlocutores do Planalto, ligou para o presidente do STF para apaziguar os ânimos. Segundo auxiliares de Bolsonaro, a conversa foi breve e cordial. A pessoa próximas, porém, Fux nega que o telefonema tenha ocorrido e enfatiza que nunca falou com o indicado. Procurada, a assessoria do presidente do STF não respondeu à coluna sobre a ligação.

O Globo