63% dos prefeitos se reelegeram

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 Foto: Heloise Hamada/G1

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou ontem que 63,7% dos prefeitos que tentaram a reeleição tiveram sucesso nas urnas no primeiro turno. Segundo a entidade, que reúne 5,2 mil municípios de todo o país, 3.510 prefeitos disputaram um novo mandato, sendo que 2.237 venceram.

A CNM acompanha o indicador desde 2000, quando a reeleição passou a ser permitida no Brasil, e aponta que a taxa de sucesso dos prefeitos que tentam um novo mandato retomou os patamares de 2012, quando foi de 62,5%. Em 2016, havia sido observada uma queda no índice de reeleição, para 49,5%.

O estudo da CNM demonstra ainda que, agora em 2020, os homens (64,3%) se reelegeram em maior proporção nos municípios que as mulheres (53,5%).

Do total de 5.568 municípios brasileiros, 40,4% serão administrados por prefeitos reeleitos e 59,6% por novos mandatários, informa a CNM.

Nessa comparação, o Estado em que há maior proporção de prefeitos reeleitos é o Amapá, com 60%. Não houve eleição na capital Macapá, por causa do apagão que deixou a cidade sem água e luz por uma semana. Já o Estado com maior fatia de prefeitos novos é o Pará, com 71,1%. No Pará, de 141 Municípios, 101 terão novos prefeitos no próximo ano.

O presidente da CNM, Glademir Aroldi, reconhece que o ano foi complicado para os prefeitos, que estiveram na liderança no combate à pandemia. Para Aroldi, por ser o gestor mais próximo dos cidadãos, o prefeito é o político que está mais exposto em uma situação crítica como vem sendo o enfrentamento ao coronavírus. Além dos decretos para restringir a circulação de pessoas, os chefes de Executivo municipal tiveram que lidar neste ano com restrições orçamentárias decorrentes de queda de arrecadação.

“A taxa de reeleição mostra que, apesar de todas as dificuldades, os prefeitos conseguiram corresponder às expectativas da população nos municípios”, afirma Aroldi. “Eles enfrentaram a queda de arrecadação e tiveram que tomar medidas impopulares, mas parece ter havido um reconhecimento da população de que isso foi feito para colocar a saúde das pessoas em primeiro lugar.”

Outro fator associado por Aroldi ao êxito dos prefeitos nas urnas é o sentimento de segurança de manter no cargo alguém que as pessoas já conhecem. “Diante de uma situação tão complexa como é a pandemia, os eleitores parecem ter pensado mais na experiência e no conhecimento de quem elegem.”

Técnicos da CNM encarregados de produzir o levantamento tiveram dificuldades no acesso à base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O estudo traz uma ponderação: “A Confederação Nacional de Municípios (CNM), em decorrência dos problemas na divulgação dos dados consolidados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), coletou os resultados diretamente pelo portal. Desta forma, até que sejam publicados pelo TSE os resultados finais, destaca-se que pode ocorrer alguma alteração nos resultados apresentados.”

Na edição de ontem, o Valor publicou levantamento próprio, feito com base em dados do TSE, que apontou uma redução na taxa de reeleição. Observou-se, no entanto, que havia inconsistência nas informações da Justiça Eleitoral, o que contaminou os cruzamentos usados para o levantamento, que passará por revisão.

Uma das falhas identificadas foi que, segundo a base de dados do TSE, houve em 2020 apenas 1.714 candidatos à reeleição. Já a CNM computou 3.510 prefeitos que tentaram renovar seus mandatos. A CNM informou ter checado a informação cidade por cidade.

Procurado, o Tribunal Superior Eleitoral informou por meio da assessoria de imprensa que os dados detalhados sobre reeleição serão disponibilizadas nesta sexta-feira no Repositório de Dados Eleitorais, no site do órgão.

A reportagem identificou um exemplo de prefeito de capital que concorria à reeleição mas que não constava na lista dos pretendentes a um novo mandato nas planilhas disponibilizadas pelo TSE.

Trata-se de Gean Loureiro, prefeito de Florianópolis (SC), reeleito no primeiro turno no domingo. O TSE informa que os dados sobre reeleição são oriundos do cadastro preenchidos pelo próprio candidato no momento do registro de candidatura.

Assim, mesmo tendo declarado em seu registro ter como ocupação “prefeito”, Gean Loureiro não foi considerado, na base de dados do TSE, um candidato à reeleição.

O levantamento do Valor publicado ontem levava em conta a base de dados do TSE e, por isso, vai passar por revisão, agora seguindo os critérios da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que confere cidade a cidade se houve ou não tentativa de reeleição.

Valor Econômico

 

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