Bolsonaro atacou fundo eleitoral mas apoia candidatos que usam

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 Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo/28-10-2020

Entre o fim de 2019 e o início de 2020, o presidente Jair Bolsonaro foi pressionado a vetar o fundo eleitoral. Acabou sancionando o texto — alegando risco de impeachment se não o fizesse —, mas sugeriu à população não votar em candidatos que fizessem uso dele. No pleito, porém, dos cinco candidatos a prefeito apoiados oficialmente pelo presidente, três já receberam repasses.

Marcelo Crivella, prefeito do Rio que busca a reeleição, e Celso Russomanno, candidato em São Paulo, receberam recursos do fundo eleitoral do Republicanos, enquanto o candidato em Santos, Ivan Sartori, também já foi beneficiado com verba do seu partido, o PSD. Bruno Engler (PRTB), em Belo Horizonte, e Coronel Menezes (Patriota), em Manaus, não receberam.

Em janeiro, o presidente chegou a falar em uma “campanha” para que não fosse eleito quem recebesse recursos do fundo.

— Terei um momento difícil pela frente. A questão dos R$ 2 bilhões do fundão. Lanço a campanha aqui: não vote em parlamentar que recebe fundão — afirmou, na época.

Desde o início das disputas, porém, Bolsonaro não tocou mais no assunto e está ele próprio apoiando candidatos beneficiados. Crivella declarou ao TSE ter recebido R$ 1,936 milhão da direção do seu partido, o que equivale a 96% do que arrecadou até agora. Russomanno recebeu R$ 870 mil da sigla, 94% da receita declarada. Sartori, por sua vez, teve 98% das suas despesas bancadas pelo PSD, que já lhe repassou R$ 625 mil.

Menezes banca até agora sua campanha com recursos próprios (R$ 35 mil) e doações de pessoas físicas. No caso de Engler, seu partido, o PRTB, abriu mão de utilizar o fundo.

Na mesma transmissão em que declarou apoio aos candidatos a prefeito, Bolsonaro também citou quatro candidatos a vereador. Desses, dois foram beneficiados pelo fundo eleitoral.

Um deles é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente e candidato à reeleição no Rio. Carlos se beneficiou de uma doação da campanha de Crivella, no valor de R$ 22 mil, que teve origem no fundo. Após o fato ser divulgado pela imprensa, Carlos disse que não poderia devolver o dinheiro, mas se comprometeu a fazer uma doação no mesmo valor para “entidades que promovam a caridade ou as pautas de nossos eleitores”.

Também apoiada por Bolsonaro, Sonaira Fernandes, candidata do Republicanos em São Paulo, recebeu R$ 6,1 mil do fundo eleitoral. Os outros dois candidatos que receberam o apoio do presidente — Deilson Bolsonaro (Republicanos) em Boa Vista, e Clau de Luca (PRTB) em São Paulo — não declararam até o momento terem utilizado o fundo. As prestações de contas de todos os candidatos são públicas.

O Globo

 

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