Dona do Magalu lidera frente por mulheres na política

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 Foto: Leo Pinheiro/Valor

Um grupo de mulheres liderado pela empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração da varejista Magazine Luiza, divulgou oficialmente na manhã de ontem uma carta de compromisso para as candidatas às eleições municipais, que serão realizadas no domingo.

Nesta carta, elaborada pelo Grupo Mulheres do Brasil, movimento criado há sete anos por empresárias e executivas e que conta hoje também com líderes de comunidades, elas pedem o comprometimento das futuras vereadoras e prefeitas a causas relacionadas à defesa dos direitos humanos, igualdade racial, liberdade de imprensa, saneamento básico, saúde e ensino público de qualidade.

Luiza Trajano diz que a iniciativa deste ano é um laboratório para os próximos passos do Grupo Mulheres do Brasil, que terá mais voz política e peso nas próximas eleições. Fundado em 2013, o movimento é suprapartidário e quer levantar a bandeira para que mais mulheres sejam eleitas para atuar no poder público.

O grupo se define como feminista, com bandeiras pela igualdade de gênero e fim da violência contra as mulheres, mas defende uma pauta política e econômica mais ampla. Questões mais polêmicas, como aborto, por exemplo, não estão na agenda neste momento. “As causas vão sendo construídas com o tempo”, disse a empresária.

Até o início da tarde de ontem, o grupo tinha registrado 356 pedidos para assinatura da carta, dos quais 199 tinham sindo convertidos em assinaturas. O pedido de adesão inclui candidatas das principais capitais do país e cidades de 22 Estados, de 27 partidos (dos 33), afirmaram as coordenadoras do comitê de políticas públicas Alexandra Segantin e Lígia Pinto, que também participaram da divulgação oficial da carta de comprometimento, lançada no início de outubro.

Não há uma meta estabelecida para a adesão da carta compromisso, que foi lançada pelo grupo para essas eleições. O movimento coletivo de mulheres reúne 110 núcleos, com lideranças no Brasil e no exterior e atuação em 20 diferentes comitês, entre eles, políticas públicas, educação e saúde.

Segundo a empresária, a divulgação da carta de comprometimento é uma forma de dar voz às candidatas, sobretudo as vereadoras, nesta primeira fase. Luiza Trajano disse que é a favor das cotas para mulheres a cargos públicos porque entende que faz parte de um processo transitório para acertar a desigualdade. Por lei, 30% dos cargos públicos têm de ser ocupados por mulheres.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 555.384 candidatos, nessas eleições, 33,55% são de mulheres (187.018). As candidaturas masculinas representam 66,45% (370.366). Levantamento do comitê de políticas públicas do grupo feito nas eleições de 2018 indica que apenas 15% de mulheres na Câmara dos Deputados e 13% no Senado Federal.

A intenção do grupo não é ter um papel de fiscalização, mas sim monitorar a gestão das candidatas. A contrapartida do movimento é dar visibilidade às eleitas, uma vez que o Grupo de Mulheres do Brasil tem cerca de 70,5 mil voluntárias e forte atuação nas redes sociais.

Uma das principais empresárias do país, Luiza Trajano tem um bom trânsito em Brasília, sobretudo no Congresso, e é uma voz atuante entre as lideranças empresariais do país. A empresária sabe que tem uma força política grande mas disse que não tem intenções, por ora, de se candidatar a um cargo público.

“É o que eu mais escuto até hoje, principalmente [após a pandemia] durante as mais de 400 ‘lives’ que fiz para pequenos e médios empreendedores. Eu nunca me filiei a partido. Ninguém pode falar o que vai acontecer na minha vida [no futuro]. Nunca nem me passou [pela cabeça]. Eu sou uma política, mas uma política partidária que acredita na força de um grupo. Se eu gostasse disso, teria me filiado”, disse.

A força do Grupo Mulheres do Brasil na política vai ser maior a partir do ano que vem, quando o movimento vai tentar aumentar o engajamento das candidatas eleitas. O grupo entende que tem de monitorar o desempenho das mulheres à frente da gestão pública e reconhece que uma parte das mulheres ainda é invisível.

O comitê de políticas públicas reconhece que ainda há uma parcela de mulheres que lançou sua candidatura para cumprir as metas de cotas, mas evitou falar sobre as chamadas candidaturas “laranjas”. O apoio às candidatas não será irrestrito, mas acompanhado de suas propostas e atuações. “Acreditamos na atuação política do grupo e achamos que em 2021 estaremos mais fortes”, disse a empresária.

Valor Econômico

 

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