Eleição vai agravar 2a onda de covid

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Com as internações em decorrência da Covid-19 em alta em São Paulo, as aglomerações vistas ao longo de toda a campanha na capital paulista se tornaram mais evidentes e mais incômodas no segundo turno.

O ambiente propício para o contágio, com amontoados de apoiadores em busca de selfie e dezenas de jornalistas, foi uma realidade nos compromissos de campanha do prefeito Bruno Covas (PSDB) e de Guilherme Boulos (PSOL) ao longo desta semana.

Enquanto paulistanos se preparam para uma nova onda da doença que começa a se pronunciar, o tema é explorado entre os candidatos. Covas afirma que não há números que indiquem a necessidade de nova restrição das atividades.

Para a prefeitura, o aumento nas internações está dentro dos padrões de oscilação da doença. O governo do estado, porém, vetou a realização de novas cirurgias eletivas e não flexibilizou novas regiões na segunda-feira (16), como estava previsto.

O governo de João Doria (PSDB), aliado de Covas, marcou para 30 de novembro, um dia após o segundo turno, a revisão do Plano São Paulo, que determina o que abre e o que fecha em cada região.

Eleitores críticos do PSDB logo viram sinais de que os tucanos farão novo “lockdown” logo após as eleições, mas o prefeito afirmou que essa suposição é fake news. O governo admite rever o plano antes do dia 30, se necessário.

Boulos também deu voz a essa desconfiança, mas Covas rebate afirmando que as medidas são orientadas por médicos e pela vigilância sanitária, não pela política eleitoral.

Nesta sexta-feira (20), em ato no qual recebeu o apoio ​de outros sete partidos, Boulos foi questionado sobre a contribuição dos eventos de campanha, dele e de Covas, para o aumento do número de casos de Covid-19.

Realizado no auditório de um hotel na região central, o evento reuniu políticos e representantes das legendas, além da imprensa. Todas as cerca de cem pessoas usavam máscara, mas a ventilação era limitada porque as janelas só abriam parcialmente.

Boulos afirmou que, em outros tempos, um encontro como esse atrairia muito mais gente.

Folha com Redação