Estudo mostra recuperação do PT nas eleições 2020

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Foto: Reprodução/ A Gazeta

Domingo será dia de muitas reeleições Brasil afora e boas notícias para dois partidos em especial: o PT, se recuperando do desastre de quatro anos atrás, e o PSD, sigla deverá obter a maior expansão em número de prefeitos eleitos. As previsões são do cientista político Antonio Lavareda, feitas em levantamento para o Valor. Na avaliação dele, as eleições serão marcadas pela manutenção, não pela “crítica” ou por fortes mudanças, como as de 2016.

De acordo com Lavareda, o PT, que elegeu prefeitos em 19 dos nos 95 municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores em 2012, mas caiu para apenas um (Rio Branco) há quatro anos, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, deverá recuperar terreno e amealhar sete das cidades com o maior eleitorado do país.

“O PT agora vai começar a recuperação na base do sistema, pelos municípios. Não sabemos se será um crescimento em forma de ‘U ‘ou de ‘V’”, diz Lavareda, cujo estudo compila uma série de pesquisas eleitorais realizadas nas últimas semanas.

Com base na relação histórica entre o desempenho dos partidos nas cidades com mais de 200 mil eleitores e no restante do país, o pesquisador projetou que o PT conquistará cerca de 7% do total de municípios, um aumento em torno de 150 prefeituras. Em 2016, os petistas caíram da terceira – 638 vitórias (11,5%) em 2012 – para a décima posição – 254 (4,5%). Agora, a expectativa é que a sigla suba para sétimo no ranking, rivalizando com o DEM.

“O PT volta a ganhar musculatura, mas não como o maior partido de esquerda”, ressalta Lavareda.

O PSD, legenda fundada pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, deverá triplicar sua presença nos 95 maiores municípios, passando de quatro prefeitos eleitos em 2016 para 12, e tende a roubar a segunda colocação do PSDB no total de 5.570 prefeituras, aumentando sua fatia de 10% para 15%. O MDB deverá se manter como o líder desse ranking e eleger quase 20% dos prefeitos.

A previsão é que o PSB – legenda que se aproveitou da aliança nacional com os governos do PT para crescer no nível local – fique com 8% do total de municípios.

A joia da coroa para o partido é o deputado federal João Campos, no Recife. Filho do governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo durante a campanha presidencial de 2014, o parlamentar de 26 anos deverá protagonizar o único confronto entre partidos de esquerda no segundo turno, numa disputa familiar com sua prima-tia Marília Arraes (PT), neta, assim como seu pai, do ex-governador Miguel Arraes.

Presidente do conselho científico do instituto Ipespe, Lavareda fez projeções sobre o padrão de competição partidária no segundo turno. A prevalência será de duelos entre esquerda x centro (oito) – como em São Paulo, onde a perspectiva é de segundo turno entre Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (Psol). Em 2016, o que predominou foi o confronto centro x direita (sete).

A única expectativa de segundo turno entre dois candidatos de partidos de direita é no Rio de Janeiro, caso o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) tenha como adversário o atual mandatário Marcelo Crivella (Republicanos), que está tecnicamente empatado com a deputada estadual Martha Rocha (PDT).

Lavareda afirma que, por uma questão de simplificação do modelo, adotou o critério nominal, assumindo que quem está numericamente à frente tem mais probabilidade de alcançar a segunda etapa.

“A margem de erro é magnificada apenas no Brasil. Nas eleições americanas, como agora, em nenhum momento você vê a Fox ou outra emissora de TV divulgando resultado de pesquisa e ressaltando margem de erro. Até porque, a rigor, ela não é a mesma para todos os candidatos, nem se aplicaria para amostragens por cotas, de idade, renda, escolaridade, como os institutos costumam fazer”, argumenta.

O cientista político também estima uma taxa de reeleição maior do que em 2016. Há quatro anos, 64% dos prefeitos que tentaram a recondução nos municípios com mais de 200 mil eleitores obtiveram sucesso.

“Estou projetando um percentual de 80% nas maiores cidades, de 75% ou mais nas capitais e de 60% no total dos municípios. Muitos prefeitos ganharam protagonismo por causa da pandemia”, diz.

Em 2016, apenas 47% do total de prefeitos que buscavam se reeleger no país foram bem-sucedidos, abaixo dos 55% de 2012, e dos 67% em 2008, o maior percentual até hoje. “Foi o ano celestial para os prefeitos, com [a popularidade do ex-presidente] Lula lá em cima. Dos 20 prefeitos de capital que tentaram reeleição, apenas um, em Manaus, não conseguiu. Foi uma taxa de 95% de sucesso”, afirma.

Valor Econômico

 

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