Fundo eleitoral é distribuído com base em pesquisas

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Foto: Bruno Santos / Agência O Globo

Com recursos limitados para as campanhas, os partidos têm segurado os repasses do fundo eleitoral para os candidatos, enquanto tentam identificar os nomes mais bem posicionados nas pesquisas, capazes de fazer o investimento partidário valer a pena. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que 14 dos 20 candidatos que mais receberam verbas públicas estão na liderança da corrida eleitoral ou com chances de garantir uma das vagas para o segundo turno, segundo as últimas pesquisas divulgadas.

As siglas repetem a mesma lógica que vigorava antes da proibição das doações de empresas — à medida que a campanha avançava, os candidatos mais bem posicionados na disputa tinham mais facilidade para conseguir recursos privados junto aos doadores.

Até esta segunda-feira, o atual prefeito e candidato à reeleição em São Paulo, Bruno Covas (PSDB) era o maior recebedor de recursos públicos para a campanha. Ao TSE, sua candidatura informou repasses de R$ 10,8 milhões do fundo eleitoral. Covas está em ascensão nas últimas pesquisas divulgadas, tendo ultrapassado numericamente Celso Russomanno (Republicanos) após o início da campanha de TV.

O cenário é distinto do registrado em Porto Alegre (RS), onde o tucano Nelson Marchezan, candidato à reeleição, é apenas o oitavo que mais recebeu no PSDB, com R$ 1 milhão, atrás de candidatos de cidades menores, como Sorocaba (SP) e Teresina (PI), por exemplo. Somente na última semana Marchezan começou a reagir nas pesquisas. Manuela D’Ávila (PCdoB) está à frente na disputa na cidade.

A prova de que a competitividade é buscada por partidos é a doação para outros candidatos. Em Salvador (BA), Bruno Reis, candidato à prefeitura que, segundo o Ibope, estaria eleito hoje no primeiro turno, recebeu R$ 7,7 milhões do fundo do DEM, seu partido, e mais quatro legendas diferentes. Ele é o candidato apoiado por ACM Neto, presidente da sigla e que encerra seu segundo mandato como prefeito da capital baiana.

No Rio, o cenário se repete, com Eduardo Paes (DEM), Martha Rocha (PDT) e Benedita da Silva (PT) no topo do ranking. Já Marcelo Crivella (Republicanos), com dificuldades de crescer nas pesquisas em virtude da alta rejeição dos cariocas, sofre com disputas internas do próprio partido e recebeu apenas R$ 1,9 milhão.

Por outro lado, há candidatos que já receberam um grande volume de recursos, mas não deslancharam. É o caso de vários nomes do PSL que, apesar do investimento massivo do partido, estão na lanterna onde disputam. Joice Hasselmann, em São Paulo, Carlos, no Recife, Luiz Lima, no Rio, e Delegada Sheila, em Juiz de Fora acumulam a maior fatia do fundo milionário da legenda, mas estão distantes de um segundo turno.

O ex-deputado federal Alfredo Nascimento, que disputa a prefeitura de Manaus pelo PL, tem apenas 5% das intenções de voto na última pesquisa Ibope, mas concentra R$ 6 milhões, 9,7% de todo o dinheiro distribuído até agora por seu partido. O petista Jilmar Tatto, em São Paulo, recebeu R$ 4,8 milhões, 8,1% do que o PT distribuiu, mesmo com 6% nas pesquisas.

Para o cientista político Eduardo Grin, da FGV, ter recursos é importante numa campanha, mas não é suficiente.

— Não é só dinheiro que importa, tem que ter boa mensagem e recall A trajetória do partido na região também pe relevante. Há uma série de outros fatores que interferem. Em 2018, Bolsonaro não tinha dinheiro e ganhou a eleição. Não é o único fator determinante.

O Globo

 

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