Inflação tem maior alta em 18 anos

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Foto: Ana Branco/Agência O Globo

A inflação acelerou e ficou em 0,86% em outubro, na comparação com o mês anterior, pressionada principalmente pelos preços dos alimentos, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira. Foi a maior alta para o mês desde 2002, quando o índice avançou 1,3%.

O resultado ficou ligeiramente acima da expectativa de analistas ouvidos pela Reuters que projetavam avanço de 0,83%. Combustíveis, como a gasolina, e passagens de avião também contribuíram para o aumento no mês, levando o indicador a acumular alta de 2,22% no ano. Em 12 meses, o IPCA está em 3,92%.

As altas do índice nos últimos meses levaram os analistas a revisar a estimativa para o ano. Nesta semana, o boletim Focus do Banco Central, que reúne projeções de economistas, já apontava que o IPCA deve fechar 2020 em mais de 3%.

Apesar da pressão dos alimentos, o grupo Alimentos e bebidas teve variação menor que a registrada em setembro (2,28%). No mês passado, a alta foi de 1,93%. Isso ocorreu em função das altas menos intensas em alguns alimentos, como o arroz (13,36%) e o óleo de soja (17,44%), que no mês anterior haviam ficado em 17,98% e 27,54%, respectivamente.

Por outro lado, a alta nos preços do tomate (18,69%) foi maior que em setembro (11,72%). Outros itens, como frutas e batata-inglesa também registraram variações positivas em outubro, após recuo dos preços no mês anterior. As carnes subiram 4,25%.

— O que tem puxado (a inflação) nos últimos dois meses são, principalmente, os alimentos. Em geral, a alta está mais relacionada a uma questão de oferta. Com o aumento do dólar, acaba-se estimulando a exportação de alguns alimentos e restringe-se a oferta no mercado. Também teve a questão do auxílio emergencial, que ajuda a sustentar esses preços num valor elevado — explica Pedro Kislanov, gerente do IPCA do IBGE.

Transportes (1,19%), em que são contabilizados os combustíveis e as passagens de avião, e Artigos de residência (1,53%), em que estão eletroeletrônicos e produtos de informática, também registraram forte alta.

As passagens saltaram quase 40% no mês. Já os preços da gasolina perderam fôlego e subiram 0,85%, frente a alta de 1,95% em setembro.

“A alta nas passagens aéreas parece estar relacionada à demanda, já que com a flexibilização do distanciamento social, algumas pessoas voltaram a utilizar o serviço, o que impacta a política de preços das companhias aéreas”, explica Pedro Kislanov, lembrando que os preços das passagens foram coletados em agosto para quem ia viajar em outubro.

Outro destaque foi o grupo Vestuário (1,11%), que acelerou frente a setembro (0,37%).

Segundo o IBGE, a alta dos preços foi generalizada em todas as 16 regiões pesquisadas. O maior resultado ficou com o município de Rio Branco (1,37%).

Já o menor ficou com a região metropolitana de Salvador (0,45%), influenciado pela queda nos preços da gasolina. No Rio, o IPCA desacelerou para 0,59%.

O Globo 

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