No Rio, eleitores tentam votar sem máscaras

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Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

O domingo de votação começou com filas formadas por idosos em algumas seções eleitorais e eleitores barrados por não usarem máscara. No início desta manhã, na 211ª Zona Eleitoral, localizada na Escola Municipal Lúcia Miguel Pereira, em São Conrado, eleitores que estavam sem máscara foram impedidos de ingressar no local. Foi o caso de uma jovem, que preferiu não se identificar.

– Esqueci completamente disso. Vou ter que ir em casa pegar. Ainda bem que moro perto – contou.

Já no Catete, antes de os portões serem abertos, às 6h30, uma pequena fila de idosos já se formava na 106ª Zona Eleitoral, que fica no Colégio Zaccaria, na Rua do Catete 113, no Catete, a maior da Zona Sul e uma das 10 maiores do estado. Às 7h, quando começou oficialmente a votação, havia cerca de 100 eleitores na fila. Em frente à Rocinha, também houve fila para votação no Ciep Ayrton Senna.

Em São Conrado, na Escola Municipal Lúcia Miguel Pereira, os protolocos estavam sendo seguidos à risca. Na entrada, pequenas filas se formavam, respeitando o distanciamento de um metro demarcado no chão. Apenas um eleitor entrava nas salas por vez, após uma espera de aproximadamente dez minutos. Grande parte dos presentes usava usava máscara e outra, face shields.

Moradora da Rocinha, a dona de casa Sebastiana de Araújo, de 53 anos, fez questão de votar cedo, logo após o café da manhã. Mesmo com a pandemia, ela conta que não hesitou em nenhum momento em comparecer às cabines.

— Tenho criança pequena em casa, então me organizei para chegar cedinho, enquanto eles dormiam. Já estava decidida a vir. O resultado está nas mãos de Deus.

Já no Ciep Ayrton Senna da Silva, em São Conrado, ao lado da Rocinha, é grande a movimentação nos corredores, e o distanciamento entre os eleitores não está sendo cumprido nem na primeira triagem, no pátio, nem na entrada das seções. Em um delas, a 181ª, duas urnas deram problema e não havia previsão de solução até 8h50m.

O cozinheiro Joceilton de Souza chegou às 7h50 e aguardava na fila sem saber se ainda conseguirá votar hoje.

— Vim cedo porque tenho que trabalhar e acontece isso. Pior que não mudam para outra seção, nem avisam quando vão resolver.

Sirley da Silva, que trabalha em um mercado e havia pedido para chegar mais tarde hoje, também estava revoltada:

— Ninguém avisa nada, nem resolve. Vim votar porque faço questão em toda eleição, mas se demorar muito, terei de ir embora — diz ela, que reclama ainda da aglomeração na espera.

Em outra seção no Ciep, os eleitores também estavam juntinhos uns dos outros.

— Vim mais cedo justamente para evitar isso, mas não tem jeito — lamenta Dirce Rosa.

Na passarela que liga a comunidade ao Ciep, uma senhora fazia boca de urna com santinhos da candidata Benedita da Silva.

Neste ano, por causa da pandemia, os idosos têm horário preferencial de 7h às 10h. O bibliotecário Giovanni de Souza, de 61 anos, chegou às 5h40 e foi o primeiro da fila no Zaccaria.

— Sempre venho cedinho para evitar fila e depois ainda vou trabalhar.

Outra que fez questão do seu direito a escolher prefeito e vereador foi a eleitora Diena Cronemberg, de 68 anos.

—- Prefiro vir logo cedo e me liberar. Fiz questão de vir e exercer meu voto.

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Na fila, havia apenas pessoas mais idosas, todas de máscara e mantendo distância, embora não de dois metros, o que gerou um desentendimento entre duas senhoras. Uma delas, aposentada, que não quis dar entrevista, afirmou estar há 15 dias sem sair de casa e pediu mais espaço. A outra retrucou:

— Ninguém respeita nada. No metrô, não está assim. Se queria distância, ficasse em casa.

Às 7h, quando a entrada foi liberada, parte do número de eleitores dispersou e não houve aglomeração nas seções nem nos corredores. Em cada seção, apenas um eleitor entra. Cada uma tem três mesários, álcool em gel, máscara e alguns usam o protetor facial (faceshield).

O aposentado José Alves veio preparado e trouxe anotados em uma folha de papel grande o nome, seção e identidade:

— É para identificar e manter a distância.

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Segundo ele, que vota sempre no Colégio Zaccaria, esta foi a primeira vez que houve fila tão cedo:

— Geralmente, venho cedo e é mais vazio. Este ano, está bem cheia a fila.

Para manter a distância entre os eleitores na fila e evitar aglomeração, fiscais organizaram a entrada dentro do colégio e orientaram a fila, e policiais estão a postos.

O Globo 

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