Prefeito de Curitiba pode vencer no 1o turno

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Foto: Rodolfo Buhrer/La Imagem/Fotoarena/Agência Globo

Diante do favoritismo do prefeito Rafael Greca (DEM), candidato à reeleição, os adversários têm apostado numa campanha de “todos contra um” para tentar levar a eleição para o segundo turno, em Curitiba. Greca lidera a corrida com mais de 40% das intenções de voto, seguido pelos deputados estaduais Fernando Francischini (PSL) e Goura Nataraj (PDT).

Além do corpo a corpo limitado por causa da pandemia, a ausência do prefeito em todos os debates na TV e na internet contribuiu para o clima morno da campanha. Aproveitando a vantagem nas pesquisas e o maior tempo de horário eleitoral, graças à ampla coligação que o apoia, Greca repetiu a mesma estratégia da campanha de Jair Bolsonaro, em 2018.

“Não causa surpresa essa falta de respeito à democracia por parte do prefeito. Na campanha, ele tem explicitado algumas características e qualidades com as quais administra a cidade que são a falta de diálogo, de participação, de escuta”, critica o deputado estadual Goura, que acusa Greca de ter feito uma “gestão autoritária”.

Para denunciar a “fuga” do prefeito, parte dos 16 candidatos organizaram debates semanais em diversas pontos da cidade. Um dos locais escolhidos foi a praça da Espanha, a uma quadra do apartamento de Greca. “O prefeito precisa ter humildade para debater conosco, parar com a arrogância e descer do salto alto”, acusou o candidato do MDB, João Arruda, que promoveu o encontro.

O prefeito minimiza e contra-ataca. “O verdadeiro debate pressupõe conhecimento de causa. Eu não ia me dedicar a escovar meu ego ganhando deles em debates para público restrito para receber e combater ataques, quando tenho que cuidar da cidade”.

Temas locais dominaram a campanha e, à exceção do ex-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT), que participou de uma passeata ao lado de Goura, os figurões nacionais se envolveram pouco na eleição curitibana. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-candidato à Presidência, Fernando Haddad, gravaram vídeos em apoio ao candidato do PT, Paulo Opuszka.

O presidente Jair Bolsonaro não deu indicações de voto, mas acusou um candidato de Curitiba, não identificado, de usar a foto dele apesar de ser “inimigo declarado”. “A chance é zero de ser eu”, se defende Francischini, que se define bolsonarista “alinhado, mas não alienado”. A única outra candidata autodeclarada “bolsonarista raiz” é Marisa Lobo (Avante).

Faltando dez dias para a votação, Francischini abandonou a postura “paz e amor”, que havia adotado ao longo da campanha, e subiu o tom contra o prefeito. No horário eleitoral acusou repetidamente Greca de beneficiar parentes com milhões de reais em dinheiro público com obras contra enchentes e de asfalto.

“Eu tinha guardado essas acusações para fazer no debate, mas ele [Greca] resolveu não ir. Minha vontade era fazer de uma forma mais respeitosa, cara a cara com ele. Tenho um dever até pela minha história de delegado da Polícia Federal”, afirma o candidato, que diz ter apresentado as denúncias ao Ministério Público Federal.

O prefeito rechaça como mentirosas as acusações e afirma que a Greca Asfaltos, empresa envolvida na denúncia do adversário, pertence a parentes de sétimo grau e executou obras por apenas R$ 32 mil na sua gestão.

Sobre a desapropriação de um terreno para dar espaço a obras contra enchentes, o que teria beneficiado outra pessoa da família, Greca se defende: “Eu deveria afogar a população dos bairros só porque o rio passa num terreno dos parentes da minha mãe? Foi uma desapropriação de 12 terrenos, um só é Greca e tem 175 m²”, afirma o prefeito, que anunciou medidas judiciais contra o oponente.

Economista e engenheiro, Greca foi ministro do Esporte e Turismo no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e já governou a cidade duas vezes. Na pré-campanha, ele se beneficiou das desistências de dois adversários de peso: o ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT), que cedeu lugar a Goura, e o secretário estadual da Justiça, Ney Leprevost (PSD), que em 2016 foi derrotado por Greca no segundo turno.

A eleição municipal desse ano registra o recorde de candidatas a prefeita em Curitiba. Elas são Camila Lanes (PCdoB), Caroline Arns (Podemos), filha do senador Flávio Arns (Rede-PR), a deputada federal Christiane Yared (PL-PR), Samara Garratini (PSTU) e Marisa Lobo. E pela primeira vez um transgênero, Letícia Lanz (Psol), disputa a prefeitura.

A capital paranaense é também uma das três cidades, junto com Valparaíso de Goiás (GO) e São Paulo, escolhida pelo Tribunal Superior Eleitoral para testar o projeto “Eleições do Futuro”. No domingo (15), eleitores poderão votar em candidatos fictícios por dispositivos conectados à internet, como celulares e tablets. O objetivo é testar novas ferramentas tecnológicas.

Valor Econômico

 

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