Presidente do Ibope não liga 2020 com 2022

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Foto: Eraldo Peres/AP Photo

O presidente do Ibope Inteligência, Carlos Augusto Montenegro, descarta qualquer tipo de influência cruzada entre as eleições municipais deste ano e a disputa pelo governo federal. Segundo Montenegro, Jair Bolsonaro ou qualquer outro presidente não seria capaz de influir nos pleitos municipais, marcados pela aprovação ou não da gestão local.

Montenegro participou de painel online organizado na manhã desta terça-feira pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), quando analisou as eleições municipais em todo o país.

“Na minha opinião, a influência do Bolsonaro nessas eleições é zero ou muito perto de zero. Não tem nenhuma liderança política que vai conseguir convencer o eleitor a votar em um mau gestor. Pode chegar lá o [Joe] Biden, o Bolsonaro ou o [Luiz Inácio da Silva] Lula, que não vai mudar”, disse.

“O eleitor não vota contra si próprio. O eleitor procura um bom síndico, alguém que cuide dele, da rua, da escola do filho, da praça perto de casa e da coleta de lixo. Se possível, ele quer segurança, com uma guarda municipal mais presente. O eleitor vota no bom prefeito na cabeça dele. Os que fizeram boas gestões estão sendo reeleitos tranquilamente e, os que não fizeram, serão trocados”, continuou.

Montenegro afirmou que essa “pouca ou nenhuma influência” de Bolsonaro na disputa por prefeituras é horizontal em todo o país e não só nos grandes centros. Ele reforçou, também, que tal percepção nada tem a ver com a popularidade do presidente.

“O Bolsonaro está apoiando de forma muito contundente o Celso Russomanno em São Paulo. A cada pesquisa o Russomanno cai mais, mas o Bolsonaro não cai. No Rio, ele está apoiando o Crivella, que há quatro meses está com 15% e uma rejeição alta. Mas isso nada tem a ver com a popularidade do Bolsonaro.”

Para Montenegro, o pleito presidencial de 2018, que levou Bolsonaro à presidência, foi a “eleição do não”, ápice de um movimento de questionamento de lideranças iniciado ainda nos protestos de rua de 2013, que amadureceu com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e, mais tarde, com o escândalo de corrupção que envolveu a empresa de alimentos JBS, o ex-presidente Michel Temer (MDB) e parte grande da classe política.

“Bolsonaro conseguiu representar a negação a tudo isso e foi eleito. Mas as eleições de 2020 são, ao contrário, uma ‘eleição do sim'”, disse Montenegro, para quem essa diferença na natureza dos processos reforça ainda mais a dificuldade do presidente de emplacar candidatos por ele apoiados.

Valor Econômico 

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