PSDB perde quase metade das prefeituras
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As eleições municipais de 2020 foram de perdas e ganhos significativos para o PSDB. Ao mesmo tempo em que os tucanos registraram uma queda significativa no número de prefeitos eleitos, a sigla se consolidou como uma força dos grandes centros urbanos.
O partido, que havia crescido em 2016 de 695 para 803 prefeituras, agora fez apenas 512 prefeitos. Mas estará na disputa pelo segundo turno em 14 cidades – nas capitais São Paulo (SP), com Bruno Covas; Porto Velho (RO), com o prefeito Hildon Chaves, que busca a reeleição; e Teresina (PI), com Kleber Montezuma.
“Fica claro que o PSDB se mantém vivo, firme e se consolida como um partido dos grandes centros urbanos. A queda no número de municípios se deu porque reduzimos o número de candidaturas, especialmente em cidades menores”, avalia o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.
A taxa de sucesso dos tucanos nas disputas municipais se manteve em volta dos 39%, na média histórica do partido, pontua Araújo. Em 2016 o PSDB concorreu com 1757 candidatos a prefeito e agora, com 1296 candidatos. O partido foi o que mais venceu em primeiro turno nas cidades com dois turnos, com 10 das 96 cidades mais importantes do país, entre elas as capitais Natal (RN) e Palmas (TO).
No segundo turno, o PSDB estará no páreo, além das três capitais, em 11 grandes centros: Ribeirão Preto (SP), Caxias do Sul (RS), Mogi das Cruzes (SP), Vila Velha (ES), Piracicaba (SP), São Vicente (SP), Pelotas (RS), Praia Grande (SP), Taboão da Serra (SP), Governador Valadares (MG) e Santa Maria (RS).
Sobre eventuais reflexos desta eleição em 2022, para o presidente tucano, o eleitor deu um aviso de sua insatisfação com o radicalismo e a falta de gestão do presidente Jair Bolsonaro. “Acredito que 2020 foi um cartão amarelo ao presidente Bolsonaro. Ficou claro que há uma mudança de ventos no processo de escolha”, diz. “O que vale como reflexão é que ouve uma opção do eleitor por distanciamento do extremismo conservador. Os partidos de centro cresceram”.
O PSDB continua sendo uma força paulista. Ganhou em 168 municípios (mesmo número de 2016), manteve cidades importantes como São José dos Campos, Santo André e massacrou o PT em São Bernardo, berço do rival – o tucano Orlando Morando obteve a reeleição com 67,2% no primeiro turno, vencendo com folga o ex-prefeito e candidato do PT ao governo de São Paulo em 2018, Luiz Marinho. O PSDB também ganhou em Santos e em 15 cidades do Vale do Ribeira.
Em Minas Gerais, contudo, o resultado foi bastante adverso. O ocaso de Aécio Neves e a saída de Antonio Anastasia impactaram o PSDB, agora a segunda maior força, empatado com DEM, ambos com 84 prefeitos (o MDB tem 98), 46 cidades a menos que em 2016. Das grandes cidades, apenas em Governador Valadares o partido está no segundo turno.
Somada a população dos municípios que cada partido vai governar no Brasil, o PSDB fica na terceira colocação, mas podendo ultrapassar PSD e MDB com os resultados do segundo turno, especialmente se vencer em São Paulo – com 12,3 milhões de habitantes.
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