Senado dos EUA pode ter maioria contra Trump

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Foto: Tom Brenner/File Photo/ Reuters

Após seis anos de maioria republicana, a situação no Senado até poderia se inverter, mas o partido no poder não vai desistir sem lutar.

Os republicanos dificultaram o caminho dos democratas, derrotando-os em Iowa, Carolina do Sul, Kansas e Texas e obtendo um assento no Alabama. Os democratas, no entanto, conseguiram uma cadeira no Colorado, e estão de olho em várias outras dos republicanos.

Alguns previsores políticos disseram que os democratas eram os favoritos para conseguir o controle do Senado. Os candidatos do Partido Democrata apostaram em uma mensagem centrada em proteger o Affordable Care Act (Obamacare), no qual se apoiaram ainda mais diante da pandemia de Covid-19, já que ela elevou as preocupações com assistência médica no país.

Enquanto isso, os candidatos republicanos estavam ligados a um presidente historicamente impopular, Donald Trump, que colocou até mesmo estados de tradição republicana em jogo. Durante meses, eles afirmaram que a perda deles na Casa levaria ao socialismo, ainda que os democratas escolham Joe Biden, que personifica o establishment, para presidente.

Mas os republicanos esperam que uma recuperação econômica e a recente confirmação de Amy Coney Barrett para a Suprema Corte lembrem os eleitores do porquê eles colocaram os republicanos no poder, e salvem a maioria deles no Senado.

Em um comício no estado do Kentucky na segunda-feira (2), o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, alertou que se os democratas retomarem o controle da Casa, vão abolir a obstrução para aprovar uma ampla legislação progressiva, embalar a Suprema Corte com juízes liberais e conceder um status de estado a Washington, D.C. e Porto Rico. Ele prometeu que, se for reeleito, essas medidas “não chegarão ao Senado de Mitch McConnell”.

Ele venceu a disputa dele nessa terça-feira (3), mas ainda não está claro se vai controlar a Casa por muito mais tempo.

Os republicanos têm 53 assentos no Senado. Os democratas precisam de um ganho líquido de três, e a Casa Branca, para retomar a Casa. Uma dúzia de assentos republicanos no Senado estavam em risco, enquanto apenas alguns senadores democratas tinham assentos competitivos.

O desempenho de Trump é crucial para as chances de os republicanos manterem o Senado. O senador democrata pelo Alabama Doug Jones perdeu para o ex-treinador de futebol da cidade de Auburn Tommy Tuberville em um estado dominado por Trump. Mas o ex-governador John Hickenlooper derrotou o senador republicano Cory Gardner no Colorado, onde Biden venceu Trump.

Com os partidos compensando essas duas cadeiras, o controle do Senado acabar em três disputas.

No Arizona, o democrata Mark Kelly, astronauta da Nasa e marido da ex-deputada pelo Arizona Gabby Giffords, aparecia à frente da senadora republicana Martha McSally em todas as pesquisas aprovadas pela CNN neste ano.

McSally, que foi indicada para preencher o assento que pertencia a John McCain, morto em 2018, falhou em entusiasmar alguns conservadores. A senadora sugeriu repetidamente que Kelly estava em dívida com a China por causa da sua participação nos fóruns EUA-China, mas ele se defendeu ao apontar seus feitos como capitão da Marinha.

Em Maine, a presidente da Câmara estadual, Sara Gideon, tenta expulsar a senadora Susan Collins, último membro republicano do Congresso em New England. Desde a primeira vitória dela, em 1996, Collins desenvolveu uma imagem centrada no Maine e independente, e venceu a última eleição com quase 69% dos votos.

Mas a aprovação de Collins diminuiu durante a gestão Trump, em parte por causa do apoio dela ao plano de impostos de 2017 dos republicanos e à nomeação do juiz Brett Kavanaugh à Suprema Corte. Neste ano, as pesquisas a mostravam atrás na disputa, enquanto críticos a descreviam como alguém presa a interesses pessoais.

Collins focou sua mensagem no que fez em Maine, como alívio financeiro para pequenos comerciantes durante a pandemia e uma promessa de que a antiguidade dela no Senado poderia levar a mais fundos federais para o estado. Ela também se distanciou de Trump em uma região onde ele provavelmente vai perder, se opondo a Barrett e até mesmo se recusando a dizer em quem ela votaria para presidente.

Então, a disputa pelo Senado pode acabar na Carolina do Norte, onde Biden obteve uma pequena vantagem, segundo uma pesquisa recente da CNN.

Revelações recentes do candidato democrata ao Senado Cal Cunningham – acusado de ter um caso extraconjugal – prejudicou a imagem que ele tão cuidadosamente moldou, como um homem íntegro da reserva militar. Mas apesar de os eleitores desaprovarem, ele ainda tem vantagem sobre o senador republicano Thom Tillis.

Antes do escândalo estourar, Cunningham tinha de 42% a 37% de apoio, segundo uma pesquisa Times/Siena de meados de setembro. Posteriormente, a CNN divulgou uma pesquisa mostrando que a vantagem dele havia diminuído para 47% a 44%, em grande parte porque ele manteve sua liderança entre as mulheres.

Denise Adams, membro da Câmara Municipal de Winston-Salem, disse à CNN que as mulheres “perceberam o que está em disputa”, acrescentando que assistência médica, acesso ao aborto e investimento em educação estão em jogo.

Apesar de tudo isso, será difícil para os democratas tomarem esses três estados.

Os republicanos celebraram uma vitória crucial em Iowa, onde ligaram a candidata democrata Theresa Greenfield a líderes em Washington, como a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi.

Talvez a maior surpresa da eleição deste ano tenha sido na Carolina do Sul, que não elegia um democrata para o Senado desde a aposentadoria de Fritz Hollings, há 15 anos. Desde as eleições para o Senado de 2004, um candidato democrata no estado nunca obteve 45% dos votos.

CNN Brasil

 

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